Um hospital militar, um shopping e um prédio de apartamentos foram atingidos na cidade de Kharkiv; outras 27 pessoas foram feridas
Um ataque de drones da Rússia matou 2 pessoas e deixou outras 27 feridas durante a noite de sábado (29.mar.2025) em Kharkiv, a 2ª maior cidade da Ucrânia. Dentre os feridos, está uma menina de 15 anos, que está em estado grave.
Um hospital militar, um shopping e um prédio de apartamentos foram atingidos pela ofensiva. Um edifício de escritórios também estava entre os alvos e o ataque gerou um incêndio. As informações são da Reuters.
Em comunicado divulgado no Telegram, o Estado-Maior militar da Ucrânia classificou o ataque como uma “adição à longa lista de crimes horríveis e cínicos cometidos pelos russos desde o começo da invasão”.
“De acordo com informações preliminares, houve feridos entre militares que estavam sob tratamento no centro médico”, completou.
Kharkiv é uma cidade localizada no nordeste da Ucrânia que resistiu às primeiras ofensivas russas em fevereiro de 2022, que visavam a captura do território. A partir da mudança do foco das tropas de Vladimir Putin para o leste ucraniano, a cidade passou a ser alvo de constantes ataques aéreos.
Rússia e Ucrânia acertaram um cessar-fogo com termos de livre circulação de embarcações no Mar Negro e o fim dos ataques a instalações energéticas, como refinarias de petróleo, represas hidrelétricas e plantas nucleares. Os acordos foram amarrados separadamente pelos Estados Unidos com Moscou e Kiev. Segundo o Kremlin, a trégua é válida por 30 dias a partir de 18 de março.
Também foram estabelecidas garantias para cada país. Para a Rússia, por exemplo, os EUA se comprometeram a ajudar a restaurar o acesso ao mercado de fertilizantes agrícolas. Com a Ucrânia, ficou acordado que os norte-americanos ajudarão na troca de prisioneiros de guerra e libertação de civis.
O acordo é apenas relacionado ao Mar Negro e alvos energéticos, não abrangendo ataques aéreos ou ofensivas terrestres, por exemplo.
O presidente russo, Vladimir Putin, sugeriu que a Ucrânia adotasse um governo temporário, em meio à recusa a dialogar com o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky e acusações de ilegitimidade de seu governo.
O mandato de Zelensky deveria acabar em maio de 2024, mas ele permaneceu no poder. Para Putin, os EUA e países europeus devem supervisionar a administração temporária e novas eleições, para que um “governo competente” assumisse o país e, então, “começar as conversas por um acordo de paz”.
Zelensky se defendeu em outras oportunidades a respeito de seu governo, dizendo que o contexto de guerra impediria a condução de eleições legítimas.