Veja como utilizar as flores de outono no casamento

Veja como utilizar as flores de outono no casamento


As flores do outono proporcionam uma decoração com personalidade As flores do outono proporcionam uma decoração com personalidade Imagem: Tillium Design Co | Shutterstock

Março marca o início do outono no hemisfério sul, apresentando temperaturas amenas e mínimas possibilidades de chuva. Esta época registra a transição entre o verão e o inverno, com isso dispõe de plantas mais resistentes e consistentes nas suas cores, variando entre tons amarelos, laranjas e vermelhos. Isso garante uma essência bucólica na decoração das cerimônias de casamento, além de uma atmosfera aconchegante e romântica.

Segundo um levantamento do Casar.com, plataforma de sites e listas de casamento do Brasil, em conjunto com a Assessoria VIP, em 2024, mais de 28,7% das celebrações de casamento foram realizadas nesta estação.

Tido como ideal para as celebrações ao ar livre, o período traz infinitas possibilidades, como a mescla de elementos distintos, sejam eles velas, galhos secos ou objetos rústicos. Proporcionando uma decoração com personalidade que une a simplicidade do natural aos tons terrosos, a estação marca o começo dos casamentos boho com tendência mais sépia e uso de capim-dos-pampas.

“As flores de outono são mais quentes, remetendo a energia e criatividade. Neste sentido, quando combinadas a um mobiliário com tons de madeira natural, por exemplo, elas tornam o ambiente mais acolhedor e sofisticado”, destaca Sabrina Camara, arquiteta e artista idealizadora do método de planificação para preservação de buquês.

Flores da estação

Durante o outono e o inverno, inúmeras flores se adaptam ao frio ou florescem antes das temperaturas mais baixas chegarem. O arquiteto e cenógrafo Harley Vix lista abaixo as mais comuns neste período:

  • Camélia: floresce no outono e no inverno, exibindo flores vistosas em tons de rosa, vermelho e branco. Ela simboliza liberdade, amor e admiração;
  • Azaleia (Rhododendron simsii): popular no Brasil, essa flor traz cores vibrantes aos jardins. Ela simboliza delicadeza e romance;
  • Hortênsia (Hydrangea macrophylla): no outono, suas flores mudam de cor antes de secarem, criando um espetáculo visual. Ela simboliza gratidão e prosperidade;
  • Amarílis (Hippeastrum): produz grandes flores no outono e no inverno, sendo muito utilizada em decoração. Ela simboliza determinação e beleza.

“O outono oferece um espetáculo natural de cores e aromas, seja com as flores resistentes ao frio ou com as que aproveitam o calor para desabrochar”, complementa Harley Vix.

Os arranjos com flores do tipo lisianthus são uma alternativa mais acessível Imagem: Fusionstudio | Shutterstock

Arranjos de casamento

Os arranjos florais são definidos com base em vários fatores, como o estilo da cerimônia, a preferência dos casais e o orçamento disponível. No entanto, a estação oferece a oportunidade de trabalhar com flores secas, além de folhagens como eucaliptos e ramos de hera, combinando-as com a paleta terrosa e característica do período.

“Vale destacar que as flores devem combinar tanto com a decoração do casamento quanto com as roupas do casal e padrinhos. Inclusive, as igrejas pedem arranjos mais tradicionais, por exemplo, enquanto cerimônias ao ar livre permitem opções mais descontraídas e naturais”, destaca Harley Vix. Ainda sobre o orçamento dos casais, o cenógrafo pontua que flores, como orquídeas e peônias, tendem a ser mais caras. Por outro lado, os lisianthus e as astromélias são alternativas mais acessíveis. 

Buquê da noiva

Para Sabrina Camara, os buquês se tornam ainda mais lindos quando desestruturados, misturando tons terrosos e alaranjados com gardens roses salmão e cravos brancos ou cremes; isso proporciona tons sob tons da mesma paleta.

Harley Vix reforça a importância da contratação de um florista experiente. “Certamente, ele garantirá que os arranjos e o buquê estejam alinhados com a proposta do evento. Afinal, além de pensar e combinar as cores e tons das flores, é preciso ainda pensar nos seus tamanhos, volumes e alturas”, finaliza. 

Por Beatriz Magalhães





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