Poeta também ocupava a cadeira 26 da Academia Brasileira de Letras; teve falência múltipla de órgãos
O ex-ministro e presidente do TCU (Tribunal de Contas da União) Marcos Vilaça morreu neste sábado (29.mar.2025), no Recife (PE), aos 85 anos. Ele também era advogado, ensaísta, poeta e ocupava a cadeira 26 da ABL (Academia Brasileira de Letras).
Segundo comunicado da academia, a morte se deu em decorrência de uma falência múltipla de órgãos. Vilaça estava internado na Clínica Florença, na capital pernambucana.
Ele será cremado. Suas cinzas serão jogadas na praia de Boa Viagem, onde estão as de sua mulher Dona Maria do Carmo. O ritual atende a um desejo dos 2.
QUEM FOI MARCOS VILAÇA
Nascido em 30 de junho de 1939, em Nazaré da Mata, Pernambuco, Marcos Vinicios Rodrigues Vilaça se destaca por sua atuação na área cultural e política, além de ter ocupado importantes cargos públicos.
Lecionou na UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) e na Universidade Católica de Pernambuco. Também exerceu funções como secretário da Cultura do Ministério da Educação e Cultura, presidente da Funarte (Fundação Nacional de Artes) e foi integrante do CFC (Conselho Federal de Cultura).
Foi indicado por José Sarney para o TCU em 1988 e assumiu a presidência do tribunal de 1995 a 1996.
Dentre suas obras mais relevantes, destacam-se Nordeste: Secos & Molhados (1972), Recife Azul, Líquido do Céu (1972) e O Tempo e o Sonho (1984).
Em parceria com Roberto Cavalcanti, publicou Coronel, Coronéis: Apogeu e Declínio do Coronelismo no Nordeste (1965), considerado um clássico sobre a estrutura de poder no Nordeste.
Foi eleito na ABL em 11 de abril de 1985, na sucessão de Mauro Mota. Foi recebido pelo Acadêmico José Sarney. Presidiu a Academia Brasileira de Letras nos anos de 2006 e 2007 e foi eleito presidente novamente em 2010 e 2011. Também foi membro da Academia Pernambucana de Letras.