Príncipe Harry, um dos fundadores da organização de caridade Sentebale, deixou suas funções na ONG. Ele fez isso junto com o Príncipe Seeiso do Lesoto, o outro cofundador. De acordo com um comunicado, a razão principal para a renúncia é uma série de conflitos graves entre os membros (ou ex-membros) da organização.
Passado de abusos do Príncipe Harry choca!
Houve um rompimento irreparável no relacionamento entre os administradores da caridade e a presidente do conselho, Sophie Chandauka. Ela, uma advogada do Zimbábue, que é o centro da disputa. Os administradores queriam que ela renunciasse, o que a levou a entrar com uma ação judicial.
Chandauka alega que houve um “acobertamento” na organização e critica a má gestão, abuso de poder, intimidação, assédio, misoginia e discriminação contra mulheres negras [misogynoir]. Ela se recusou a renunciar e afirma estar defendendo princípios de justiça e igualdade.
No entanto os administradores afirmam ter perdido a confiança nela e renunciaram para proteger a caridade financeiramente. A disputa, aliás, pode estar ligada a uma mudança na estratégia da organização e levanta sérias questões sobre a governança da Sentebale, que agora está sendo avaliada pela Comissão de Caridade.
Qual a justificativa do príncipe Harry?
Desse modo, em um comunicado, Harry e Seeiso explicaram sua saída: “É devastador que o relacionamento entre os administradores da instituição de caridade e a presidente do conselho tenha se rompido irreparavelmente, criando uma situação insustentável”, alertaram o Duque de Sussex e o Príncipe do Lesoto. “O que aconteceu é impensável. Estamos chocados por termos que fazer isso”, justificam.
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A declaração dos príncipes afirma ainda que eles “agiram no melhor interesse da instituição de caridade ao solicitar a renúncia da presidente, levando em consideração o bem-estar da equipe”. E eles acusam Chandauka de processar a organização “para permanecer nessa posição voluntária, o que agravou ainda mais o rompimento do relacionamento”.
A mulher se defendeu em entrevista ao jornal “Daily Mail”, dizendo: “Para mim, este não é um projeto de vaidade que eu possa simplesmente desistir quando for chamada a prestar contas. Sou uma mulher africana que teve o privilégio de uma educação e carreira de primeira classe. Não serei intimidada. Tenho algo a defender. Defendo aquelas outras mulheres que não têm os meios ou os recursos necessários.”
Príncipe Harry fundou a organização Sentebale – que significa ‘não me esqueças’ no idioma sesoto [língua oficial na África do Sul e no Lesoto] em 2006, em homenagem à sua mãe, a Princesa Diana, para combater o HIV e a AIDS na África do Sul.
