Alexandre de Moraes arquiva investigação contra Bolsonaro no caso dos cartões de vacina

Alexandre de Moraes arquiva investigação contra Bolsonaro no caso dos cartões de vacina


Decisão foi impulsionada pelo pedido feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR); o órgão afirma que há ‘ausência de elementos que justifiquem a responsabilização’ do ex-presidente

TON MOLINA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDOALEXANDRE DE MORAES É IMPEDIDO NO EUA
Moraes arquiva investigação contra Bolsonaro

Nesta sexta-feira (28), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o inquérito que investigou o ex-presidente Jair Bolsonaro pela suposta falsificação de cartões de vacinação contra Covid-19 seja arquivado. A decisão foi tomada após pedido feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Segundo o órgão, há “ausência de elementos que justifiquem a responsabilização de Bolsonaro”.

O procurador Paulo Gonet disse que a acusação contra Bolsonaro tinha como base somente as palavras do tenente-coronel Mauro Cid, que atuou como delator da trama golpista. Nos depoimentos, Cid declarou que a ordem para falsificação foi dada pelo então presidente.

Na decisão, Moraes disse que o arquivamento do inquérito pela PGR é irretratável.”A legislação proíbe o recebimento de denúncia que se fundamente somente nas declarações do colaborador, exigindo-se, consequentemente, que seu oferecimento esteja embasado em provas autônomas e independente, além de informações surgidas a partir da colaboração devidamente ratificadas por outras provas”, justificou.

O arquivamento também vale para o caso do deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ). Segundo as investigações da Polícia Federal, ele também chegou a ter seus dados falsos incluídos no ConecteSUS para constar que foi vacinado contra a Covid-19.

Entenda o caso

Em março do ano passado, a Polícia Federal (PF) concluiu que Mauro Cid atuou como articulador da emissão de cartões falsos de vacinação contra a Covid-19 para o ex-presidente e familiares dele. Cid também teria atuado para emitir certificados para suas filhas e esposa. A investigação foi finalizada em março do ano passado.

No relatório da investigação, a PF afirmou que a ordem para falsificar os certificados de vacinação contra Covid-19 de Jair Bolsonaro e de sua filha partiu do próprio ex-presidente.

A investigação apontava que o ajudante de ordens do então presidente teria inserido informações falsas no sistema do Ministério da Saúde com o objetivo de facilitar a entrada e a saída nos Estados Unidos, burlando exigências sanitárias contra a Covid-19 impostas pelos Estados Unidos (EUA) e também pelo Brasil. Ambos países exigiam a vacinação contra a doença para se cruzar a fronteira.

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Para o delegado Fábio Alvarez Shor, que atuou na investigação, a intenção de fraudar o documento está ligada a uma possível solicitação de permanência em outro país.

*Com informações da Agência Brasil

Publicado por Nátaly Tenório 





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