Produção de insumos farmacêuticos alcança 1.760 toneladas; biotecnológicos lideram, mas o setor depende de importação
O setor farmoquímico brasileiro movimentou R$ 18 bilhões em 2024, segundo um censo divulgado pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) em parceria com a Abiquifi (Associação Brasileira da Indústria de Insumos Farmacêuticos). Leia a íntegra da apresentação (PDF – 3 MB).
O setor farmoquímico é o segmento da indústria farmacêutica responsável pelo desenvolvimento, produção e comercialização de IFAs (Insumos Farmacêuticos Ativos). Esses insumos são substâncias ou compostos químicos que possuem atividade farmacológica e são os componentes principais na fabricação de medicamentos.
Os IFAs são divididos em 3 categorias: sintéticos, biotecnológicos e de extração vegetal e animal. O levantamento identificou 37 empresas atuando no setor e uma produção total de 1.760 toneladas de IFAs em 2024.
São Paulo concentra 40,5% das empresas farmoquímicas do país, seguido pelo Paraná (18,9%), Rio de Janeiro (10,8%) e Minas Gerais (10,8%).
Os IFAs biotecnológicos foram os mais lucrativos, gerando R$ 16,8 bilhões. Esses insumos são produzidos a partir de sistemas biológicos, como células vivas (microrganismos, células animais ou vegetais) ou seus componentes.
Entre as empresas do segmento, 25% lançaram um novo produto no mercado nacional nos últimos 5 anos, e 12,5% introduziram produtos no mercado internacional. Apesar do crescimento, 85% das empresas do setor dependem de matéria-prima importada.