Em meio à proibição do serviço de mototáxis, prefeito de São Paulo pretende aumentar em 200 km os corredores exclusivos até 2028 e instalar pontos de apoio para os trabalhadores

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, defendeu na última quarta-feira (26) a ampliação da faixa azul como uma estratégia crucial para reduzir o número alarmante de mortes de motociclistas na cidade. Durante a inauguração de um novo trecho dessa faixa, Nunes destacou que fevereiro de 2025 foi um mês trágico, registrando o maior número de óbitos de motociclistas desde o início da série histórica, com 31 mortes. Nos dois primeiros meses do ano, o total chegou a 62. O prefeito expressou sua preocupação com esses números e afirmou que a faixa azul, juntamente com a proibição de mototáxis, que será julgada em 9 de abril, pode ser uma solução eficaz para reverter essa tendência preocupante.
Nunes enfatizou a importância dos estudos realizados em 2023, em colaboração com a Secretaria de Transporte, Mobilidade, Saúde, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e empresas de transporte como Uber e 99. Esses estudos indicam que a cidade de São Paulo, devido às suas características únicas, não pode continuar a assistir ao aumento de mortes por acidentes de moto. Em 2024, foram registradas 483 mortes, um aumento de 20% em relação a 2023, quando ocorreram 403 óbitos. O prefeito destacou que é imperativo encontrar soluções para evitar que essa situação se agrave ainda mais.

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Além da ampliação da faixa azul, Nunes anunciou a implementação de pontos de apoio para motociclistas. Esses espaços oferecerão banheiros, locais para aquecer comida e momentos de tranquilidade, além de servirem como locais para campanhas de conscientização. Na quarta-feira, a Prefeitura de São Paulo entregou seis novos quilômetros de faixa azul na Avenida do Estado, por onde passam diariamente 14.000 motocicletas. Com essa expansão, a capital paulista alcançou 221 km de faixas implementadas, com a ambiciosa meta de atingir 421 km até o final de 2028. Desde a implementação da faixa azul, 31 óbitos foram registrados devido ao uso imprudente do instrumento.
*Com informações de Beatriz Manfredini
*Reportagem produzida com auxílio de IA