O petista afirmou que teve a honra de estar “lado a lado” do político nas eleições de 2022 e 2024, quando diz ter vencido o “autoritarismo”
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou nesta 4ª feira (26.mar.2025) a morte do prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD). Em nota divulgada pelo Planalto, o petista afirmou que teve a honra de estar “lado a lado” do político nas eleições de 2022 e 2024, quando diz ter vencido o “autoritarismo”.
“Recebi com muita tristeza a notícia sobre o falecimento de Fuad Noman, nosso querido prefeito de Belo Horizonte, com quem tive a honra de estar lado a lado na luta que permitiu a vitória da democracia sobre o autoritarismo em 2022 no Brasil e em 2024 na capital mineira”, declarou.
O político estava internado desde 3 de janeiro no Hospital Mater Dei, na capital mineira, com um quadro de insuficiência respiratória aguda. Ele deixa a viúva, Mônica Drummond, 2 filhos e 4 netos.
O prefeito sofreu uma parada cardiorrespiratória na noite de 3ª feira (25.mar) e precisou ser reanimado. Evoluiu para um choque cardiogênico –quando não há bombeamento eficiente do sangue–, sendo necessário aplicar remédios vasoativos e inotrópicos. Ele respirava por aparelhos.
Por nota, a Prefeitura de Belo Horizonte declarou que as informações sobre o velório e homenagens serão divulgadas em breve.
Lula disse esperar que o conforto chegue logo aos familiares do prefeito e que ele teve uma carreira exemplar no serviço público.
“Noman teve uma brilhante carreira como servidor federal, comandou secretarias nos três níveis de governo e presidiu empresas estatais, sempre colocando o interesse coletivo em primeiro lugar”, disse.
PROBLEMAS DE SAÚDE
Noman vinha lidando com problemas de saúde desde 2024. Durante a pré-campanha eleitoral, o mineiro nascido em BH anunciou que tinha sido diagnosticado com linfoma não Hodgkin, um tipo de câncer. Ele realizou sessões de quimioterapia e informou em outubro a remissão da doença.
Por recomendação médica, a posse de Noman foi realizada de forma virtual em 1º de janeiro. De acordo com a Prefeitura de Belo Horizonte, o formato foi necessário porque o político deveria evitar multidões, uma vez que apresentava baixa imunidade –o que é comum após um tratamento de câncer.
POLÍTICOS REAGEM
Principal padrinho da campanha de reeleição do prefeito, o ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia), afirmou que a morte de Fuad representa uma enorme perda para capital mineira e para o Brasil.
“Fuad contribuiu por mais de 40 anos no serviço público de forma brilhante e ilibada. Sua dedicação deixou legado não apenas em nossa cidade, mas para o Brasil, com seu trabalho no desenvolvimento do Plano Real e tantas outras políticas econômicas para o nosso país”, declarou.
O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) afirmou que Fuad foi um gestor competente que dedicou a vida ao serviço púbico, deixando contribuições aos 3 níveis de governo.
“O Atlético Mineiro perde um ilustre torcedor, mas os céus ganham um homem público que deixou um legado respeitável, no Brasil”, disse Alckmin.
A deputada federal Duda Salabert (PDT-MG), que disputou a eleição municipal com Fuad e declarou apoio a ele no 2º turno, disse que o prefeito lutou o quanto pode por sua saúde. Sem desistir do trabalho na prefeitura.