O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou nesta terça-feira (25/3) o julgamento para decidir se aceita a denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete acusados por suposta tentativa de golpe de Estado em 2022. A sessão foi marcada por intensos debates e questionamentos processuais. A decisão final foi adiada para esta quarta-feira (26/3).
Durante a sessão, a Primeira Turma do STF ouviu o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes; o procurador-geral da República, Paulo Gonet; e as defesas dos acusados. Seis questionamentos processuais apresentados pelos advogados foram rejeitados.
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O ex-presidente Bolsonaro compareceu pessoalmente ao plenário para acompanhar o julgamento. Seu advogado, Celso Vilardi, afirmou que “não se achou absolutamente nada” contra ele.
A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) aponta que Bolsonaro e seus aliados teriam participado de uma trama para manter o ex-presidente no poder após sua derrota nas eleições de 2022. As acusações incluem crimes como tentativa violenta de abolir o Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
A Primeira Turma do STF é composta pelos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. A decisão sobre tornar ou não os acusados réus será tomada por maioria simples. Se a denúncia for aceita, Bolsonaro e os demais serão réus e, assim, vão responder a uma ação penal.
Nesta quarta-feira (26/3), os ministros deverão analisar o mérito da denúncia e decidir sobre a abertura da ação penal contra os acusados.