Apesar da atualização, o julgamento foi adiado para o ministro Nunes Marques analisar o caso
O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria de votos para condenar a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), nesta terça-feira (25/3). A decisão pode condenar a parlamentar a 5 anos e 3 meses de prisão pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal. A votação está sendo analisada no plenário virtual do STF.
O tribunal também se manifestou a favor da cassação do mandato da deputada como resultado da condenação pelo crime. Isso ocorrerá apenas se a maioria no placar for mantida e o processo for concluído, sem a interposição de novos recursos.
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Apesar das atualizações, o julgamento foi suspenso após um pedido de vista do ministro Nunes Marques, que terá até 90 dias para revisar o caso.
Após esse período, o julgamento será retomado. O placar atual está em 6 votos a 0 a favor da condenação. Votaram nesse sentido os ministros Gilmar Mendes (relator do caso), Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cristiano Zanin e Dias Toffoli.
O caso remonta a outubro de 2022, quando a parlamentar, portando uma arma, perseguiu o jornalista Luan Araújo, identificado como simpatizante do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O episódio ocorreu nas ruas do bairro dos Jardins, região nobre da capital paulista. Em agosto de 2023, a Procuradoria-Geral da República (PGR) formalizou a denúncia, levando à abertura de uma ação penal contra Zambelli.
A defesa da deputada tentou reverter o processo, mas os ministros do STF rejeitaram o recurso, mantendo-a como ré. O relator do caso, ministro Gilmar Mendes, foi o primeiro a votar contra o pedido da defesa, posicionando-se a favor da continuidade da ação. Sua decisão foi seguida unanimemente pelos demais integrantes da Corte.