Filho de do ex-presidente afirma que já imagina o resultado; defendeu a decisão de Eduardo de ficar nos Estados Unidos
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou nesta 3ª feira (25.mar.2025) que a situação do pai “está nas mãos de Deus”. O STF (Supremo Tribunal Federal) decide até a 4ª feira (26.mar) se torna o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e 7 aliados réus pela denúncia de tentativa de golpe de Estado.
“Está na mão de Deus. Tenho certeza que todas essas injustiças vão ser desfeitas e o presidente Bolsonaro, que está sendo perseguido justamente, vai ser o próximo presidente do Brasil em 2027″, disse em Brasília, ao sair de evento organizado pelo PP para discutir a segurança pública.
Flávio é o filho mais velho de Jair Bolsonaro. O senador disse que não conversou com o pai, mas que deve se reunir com ele no fim da tarde desta 3ª feira (25.mar). Negou-se a responder se teme que o pai seja preso e falou que já imagina o resultado da decisão.
“A gente já imagina o resultado do julgamento, mesmo sem conhecer o processo, apenas em função de quem vai julgar esse processo”, disse o senador.
Flávio afirmou que há militância no Poder Judiciário e que a oposição ao governo no Senado debaterá se obstruirá as votações na Casa como uma forma de protesto.
“Há hoje uma pequena parcela do Judiciário que insiste em fazer uma militância, ao contrário do que manda a Constituição. E a reação natural do Congresso vai ser sempre tentar alterar a Constituição, tentar alterar a legislação vigente para corrigir esse rumo errado que o Brasil está tomando com essas decisões absurdas e arbitrárias para condenar pessoas que, no máximo, tinham de responder a um juizado especial”, declarou.
Perguntado quais seriam essas mudanças, ele citou o projeto de lei para anistiar presos pelo 8 de Janeiro.
EDUARDO BOLSONARO
Flávio afirmou que a decisão do irmão Eduardo Bolsonaro (PL-SP) de se licenciar do mandato de deputado federal e ficar nos Estados Unidos é de “foro íntimo dele”.
“A gente não vive numa democracia plena. Portanto, acho injusto querer julgá-lo por uma decisão de ele ficar lá ou não. Ele tomou a decisão que entendeu que era melhor”, afirmou.
O senador defendeu que Eduardo continue no país norte-americano, porque os direitos básicos estariam sendo “atropelados por alguns na mais alta Corte do país”.
“Ele tem que ficar lá mesmo, fazendo o trabalho que está fazendo, e esperar o que pode haver de fatores externos, já que aqui no Brasil não temos mais a quem recorrer para defender a democracia”, falou.