Após elevar a taxa Selic de 13,25% para 14,25%, comitê sinalizou novos aumentos nas próximas reuniões; BC também expressou preocupações em relação à política fiscal expansionista do governo

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil alertou sobre a deterioração das expectativas para o futuro, o que dificulta a aproximação da inflação à meta estabelecida. Em ata divulgada, o comitê enfatizou que a elevação das projeções de inflação torna o cenário econômico mais complicado, exigindo uma política monetária mais restritiva para alcançar os objetivos inflacionários. De acordo com o boletim Focus, as previsões indicam que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) deve encerrar 2026 próximo ao limite superior da meta, que é de 4,5%. Para os anos seguintes, as expectativas são de 4% para 2027 e 3,78% em 2028. A meta central é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.
Na última reunião, o Copom decidiu elevar a taxa Selic de 13,25% para 14,25% ao ano, sinalizando que novos aumentos são esperados nas próximas reuniões. O comitê deixou claro que o ciclo de alta das taxas de juros ainda não chegou ao fim, prevendo que o próximo ajuste será de menor intensidade. Embora o comitê tenha notado uma leve desaceleração no crescimento da economia, o mercado de trabalho permanece robusto. O setor de crédito, por sua vez, continua ativo, mas uma recente desaceleração foi observada, atribuída ao aumento da taxa de juros e à diminuição do apetite por risco entre os investidores.

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O comitê também expressou preocupações em relação à política fiscal expansionista do governo, ressaltando a importância de uma coordenação eficaz entre as políticas fiscal e monetária. A falta de progresso nas reformas estruturais e as incertezas em torno da dívida pública podem elevar a taxa de juros neutra, o que teria um impacto negativo sobre a condução da política de juros no país.
*Reportagem produzida com auxílio de IA