Copom diz em ata que piora na expectativa de inflação requer juros altos por mais tempo

Copom diz em ata que piora na expectativa de inflação requer juros altos por mais tempo


Após elevar a taxa Selic de 13,25% para 14,25%, comitê sinalizou novos aumentos nas próximas reuniões; BC também expressou preocupações em relação à política fiscal expansionista do governo

Raphael Ribeiro/BCBGabriel Galípolo
Gabriel Galípolo sucedeu Roberto Campos Neto na presidência do Banco Central

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil alertou sobre a deterioração das expectativas para o futuro, o que dificulta a aproximação da inflação à meta estabelecida. Em ata divulgada, o comitê enfatizou que a elevação das projeções de inflação torna o cenário econômico mais complicado, exigindo uma política monetária mais restritiva para alcançar os objetivos inflacionários. De acordo com o boletim Focus, as previsões indicam que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) deve encerrar 2026 próximo ao limite superior da meta, que é de 4,5%. Para os anos seguintes, as expectativas são de 4% para 2027 e 3,78% em 2028. A meta central é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Na última reunião, o Copom decidiu elevar a taxa Selic de 13,25% para 14,25% ao ano, sinalizando que novos aumentos são esperados nas próximas reuniões. O comitê deixou claro que o ciclo de alta das taxas de juros ainda não chegou ao fim, prevendo que o próximo ajuste será de menor intensidade. Embora o comitê tenha notado uma leve desaceleração no crescimento da economia, o mercado de trabalho permanece robusto. O setor de crédito, por sua vez, continua ativo, mas uma recente desaceleração foi observada, atribuída ao aumento da taxa de juros e à diminuição do apetite por risco entre os investidores.

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O comitê também expressou preocupações em relação à política fiscal expansionista do governo, ressaltando a importância de uma coordenação eficaz entre as políticas fiscal e monetária. A falta de progresso nas reformas estruturais e as incertezas em torno da dívida pública podem elevar a taxa de juros neutra, o que teria um impacto negativo sobre a condução da política de juros no país.

*Reportagem produzida com auxílio de IA





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