Ex-presidente acompanhou presencialmente o 1º dia do julgamento sobre a denúncia de golpe; a sessão retoma às 14h
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou o STF (Supremo Tribunal Federal) depois da 1ª sessão para analisar a denúncia de golpe de Estado nesta 3ª feira (25.mar.2025) pela garagem e sem falar com a imprensa. Bolsonaro foi almoçar com seus advogados a portas fechadas e volta à Corte às 14h para a retomada do julgamento.
Além dele, deputados e senadores da oposição foram ao Supremo para acompanhar o julgamento que decide se o ex-presidente e outros 7 apontados como líderes do plano se tornarão réus.
Na 1ª parte da análise da 1ª Turma, os 5 ministros ouviram o relatório do ministro-relator, Alexandre de Moraes, a sustentação oral do PGR (Procurador Geral da República), Paulo Gonet, e dos advogados de defesa dos 8 denunciados.
Gonet argumentou que os denunciados visavam a impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022. O procurador afirmou que o grupo realizou reuniões e planejamentos para manter Bolsonaro no poder e documentou os passos com minutas e conversas entre os membros.
“A organização tinha por líderes o próprio Presidente da República e o seu candidato a vice-presidente, o General Braga Netto“, afirmou o PGR.
O advogado Celso Vilardi, que representa a defesa do ex-presidente, disse que não há provas da participação do ex-chefe do Executivo na trama golpista. Afirmou que a delação de Mauro Cid “não vale nada” e que “nem o delator que o acusou fez qualquer relação dele com o 8 de Janeiro”.
O ex-presidente desembarcou na capital federal na manhã de 3ª feira (25.mar) ao lado do deputado federal e líder da Oposição na Câmara, Luciano Zucco (PL-RS). Outros nomes do PL acompanharam a sessão, enquanto outros deixaram a corte depois de serem barrados.