Macaé Evaristo (Direitos Humanos) reconhece falha da União na identificação de ossadas de desaparecidos; cerimônia se deu no Cemitério Dom Bosco, em SP
A ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, pediu desculpas em nome da União nesta 2ª feira (24.mar.2025) aos familiares dos desaparecidos políticos da ditadura militar (1964-1985) e à sociedade brasileira.
O pedido se refere à “negligência” do Estado de 1990 a 2014 na condução dos trabalhos de identificação das ossadas encontradas na Vala Clandestina de Perus, no Cemitério Dom Bosco, em São Paulo.

Macaé Evaristo com familiares dos mortos e desaparecidos na ditadura
ENTENDA
Os remanescentes ósseos foram descobertos em 1990 no Cemitério Dom Bosco, em Perus, zona noroeste de São Paulo. Inicialmente, foram encaminhados à Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e, posteriormente, à UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).
A vala foi usada para o enterro ilegal de indigentes, pessoas não identificadas e opositores do regime militar.
Diante dos relatos sobre as condições precárias de armazenamento, as ossadas foram transferidas para o Instituto Médico Legal de São Paulo.
Depois, foram levadas ao CAAF (Centro de Antropologia e Arqueologia Forense) da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), onde seguem em processo de identificação.