Diretor critica fãs de Michael Jackson por ignorarem evidências de abuso

Diretor critica fãs de Michael Jackson por ignorarem evidências de abuso


Dan Reed afirma que os admiradores do Rei do Pop ignoram qualquer evidência que possa comprometer a imagem do cantor

Lançado recentemente no Reino Unido, o segundo documentário de Dan Reed retoma os relatos de Wade Robson e James Safechuck, que alegam ter sido abusados pelo astro quando eram crianças. Em entrevista à Variety, o diretor demonstrou ceticismo quanto à possibilidade de que as novas informações sensibilizem os fãs. “Você poderia mostrar a eles um vídeo de Jackson cometendo o ato, e ainda assim não seria suficiente para mudar suas convicções. Eles têm uma fé quase religiosa nele”, afirmou.

Reed sustenta que o nível de devoção ao artista se assemelha ao comportamento de uma seita, tornando quase impossível qualquer mudança de percepção sobre as acusações de abuso sexual infantil contra Jackson.

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Michael Jackson

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Michael Jackson, que morreu em 2009, foi absolvido de acusações de abuso infantil em 2005 e sempre negou qualquer irregularidade. Seu espólio continua a refutar as alegações feitas por Robson e Safechuck, enquanto fãs ao redor do mundo defendem sua inocência e questionam a credibilidade dos denunciantes. Para Reed, no entanto, a resistência dos seguidores do cantor vai além da simples defesa de um ídolo. “Eles se recusam a acreditar porque isso destruiria algo fundamental para eles. É como pedir para um devoto religioso abandonar sua fé”, analisou.

Apesar da polêmica, Reed sustenta que seu objetivo nunca foi destruir o legado do artista, mas sim dar visibilidade às supostas vítimas. “O que me motiva não é ‘derrubar’ Michael Jackson. É contar a história de dois homens que passaram por algo traumático e enfrentam dificuldades para serem ouvidos. Meu foco sempre esteve neles e no impacto desse tipo de abuso na vida das vítimas.”

O lançamento de “Deixando Neverland 2” reacende o debate sobre a separação entre obra e artista, além de levantar questionamentos sobre até que ponto a idolatria pode interferir na percepção da verdade. No fim, o documentário não apenas revisita o caso de Michael Jackson, mas também lança luz sobre a forma como a sociedade encara denúncias contra figuras públicas poderosas.



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