Presidente revoga acesso a informações sigilosas de ex-líderes democratas, reforçando divisões políticas em Washington
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (republicano), retirou na 6ª feira (21.mar.2025) as autorizações de segurança da ex-vice-presidente Kamala Harris, da ex-secretária de Estado Hillary Clinton e de outros.
O chefe do Executivo, que também revogou a autorização de segurança do ex-presidente Joe Biden, derrotou Hillary na eleição presidencial de 2016 e Kamala na eleição de 2024.
“Determinei que não é mais do interesse nacional que os seguintes indivíduos tenham acesso a informações confidenciais”, disse Trump em um memorando no final da 6ª feira que também incluía o ex-secretário de Estado Antony Blinken.
Embora as revogações possam não ter impactos imediatos, é outro sinal da crescente divisão política em Washington.
O memorando foi emitido horas depois que Trump chegou à sua propriedade de golfe em Bedminster, Nova Jersey, para passar o fim de semana.
Trump também teve como alvo a ex-deputada republicana Liz Cheney, uma crítica ferrenha de Trump, o ex-conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca de Biden, Jake Sullivan, e Fiona Hill, uma especialista em Rússia que atuou em seu Conselho de Segurança Nacional durante seu 1º mandato.
O republicano já havia revogado a autorização de segurança de Biden, negando ao ex-presidente o acesso tradicional à inteligência dos EUA.
Tradicionalmente, os ex-presidentes dos EUA recebem briefings de inteligência para que possam aconselhar os presidentes em exercício sobre segurança nacional e política externa.
Em 2021, Biden revogou a autorização de segurança de Trump, que na época era ex-presidente.
Por Steve Holland e Jasper Ward.
