Além de “Beleza Fatal”: Novelas em que os vilões triunfaram e fizeram história

“Beleza Fatal” chegou ao fim nessa sexta-feira (20/3), depois de 40 episódios, que mostraram que as novelas podem sim conquistar o streaming, e que deixaram o público encantado com a Lola, a grande vilã de Camila Pitanga. Mas além dela, outros grandes atores também marcaram época e deram o que falar ao trazer o mal encarnado para as telinhas, como são os casos de Renata Sorrah com a Nazaré de “Senhora do Destino” e Flávia Alessandra com a Cristina de “Alma Gêmea”.

Para celebrar as perfomances icônicas desses artistas, o portal LeoDias reuniu alguns dos vilões que nós mais amamos odiar da televisão brasileira, aqueles que colocam fogo no parquinho, fingem a própria morte e trazem mais emoção à vida dos mocinhos.

Avenida Brasil – Carminha (Adriana Esteves) e Nina (Débora Falabella)

Para que Camila Pitanga e Camila Queiroz pudessem correr com as rivalidades de Lola e Sofia/Júlia em “Beleza Fatal”, Adriana Esteves e Débora Falabella andaram e muito em “Avenida Brasil” como a megera Carminha e a vingativa Nina/Rita.

Assim como Sofia, Nina também se infiltrou no covil da vilã da novela, para ficar cada vez mais perto de se vingar de uma vez por todas da mulher que a abandonou em um lixão e roubou a fortuna de seu falecido pai.

E também como em “Beleza Fatal”, Carminha e Nina também extrapolaram a dinâmica de patrão e funcionária para depois se tornarem cúmplice e, finalmente, inimigas juradas.

Em “Avenida Brasil”, no entanto, Adriana Esteves e Débora Falabella chegam a ter um momento de reconciliação, onde ao final da novela fazem as pazes, e Nina retorna ao lixão onde apresenta Carminha ao filho que teve com Jorginho (Cauã Reymond).

“Belíssima” – Bia Falcão (Fernanda Montenegro)

A eterna Fernanda Montenegro não só já interpretou uma vilã nas novelas, mas foi A vilã do horário nobre da Globo entre 2005 e 2006.

Implacável, esnobe e belamente interpretada pela primeira atriz brasileira indicada ao Oscar, a passagem de Bia Falcão em “Belíssima” foi curta, mas extremamente marcante.

A personagem de Sílvio Abreu foi dada como morta em um acidente de carro no 64º capítulo da novela, apenas para surpreender os mocinhos ao “voltar dos mortos” na reta final do folhetim, no capítulo 164.

“O retorno não estava definitivamente previsto, mas havia a possibilidade. É muito exaustivo fazer novela. É um ano de trabalho e é preciso se aplicar, passar o dia gravando e a madrugada decorando. Sua vida particular acaba”, disse Fernanda Montenegro em entrevista à Folha de S. Paulo em 2006.

Mesmo tacando o terror na vida da família, em especial da neta Júlia (Gloria Pires) e da filha abandonada Vitória (Cláudia Abreu), Bia Falcão terminou a obra ilesa, após fugir da Justiça brasileira em seu jatinho particular em Paris, para ser recebida de braços abertos pelo garoto de programa Mateus (Cauã Reymond).

“Alma Gêmea” – Cristina (Flávia Alessandra)

Muitas das vilãs da nossa lista são cruéis, mas poucas delas foram tão carrascas quanto Cristina em “Alma Gêmea”, vivida por Flávia Alessandra.

Cristina fez tudo ao seu alcance para atormentar o marido e mocinho da novela, o empresário Rafael, interpretado por Eduardo Moscovis.

O plano final da vilã para tomar tudo do marido, no entanto, acaba com a morte da mãe e parceira de crime de Cristina, Débora (Ana Lucia Torre), que acaba bebendo de uma taça envenenada que na verdade era para ser para Rafael.

O impacto da personagem foi gigantesco para Flávia Alessandra, que até então apenas fazia mocinhas. O ódio das pessoas pela vilã era tanto, que a atriz lembra que até foi agredida por fãs da novela.

“A gente batia a audiência do Jornal Nacional. Porém, a gente tinha as pessoas nas ruas, e era uma loucura. Eu não conseguia sair muito porque algumas pessoas queriam idolatrar a personagem, porém, outras desejavam matar a Cristina. Fui até agredida em um show”, contou Flávia ao Gshow.

“Carrossel” – Maria Joaquina (Larissa Manoela)

Tudo bem que, ao contrário das outras vilãs desta lista, Maria Joaquina não roubou, matou, muito menos fingiu a própria morte. Mas isso não nega o fato que a personagem vivida por Larissa Manoela na infância tenha causado, e muito, entre os outros personagens da novela para o público infantil.

Arrogante, mimada e extremamente convencida, a vilã mirim foi responsável por tirar o sossego dos colegas de sala, enquanto fazia questão de lembrar que era mais rica, popular e bonita que eles.

Na versão brasileira de “Carrossel”, a jovem era responsável por humilhar principalmente o apaixonado Cirilo (Jean Paulo Campos) e rivalizar com a protagonista Valéria (Maisa).

Maria Joaquina logo conquistou o público infantil e adulto, e não demorou muito para a jovem acabar se redimindo e fazer as pazes com o núcleo de protagonistas da novela.

“Senhora do Destino” – Nazaré (Renata Sorrah)

A icônica vilã Nazaré de “Senhora do Destino” é até hoje, mais de 20 anos depois, lembrada pelos fãs das telinhas. Além disso, a a personagem vivida por Renata Sorrah continua sendo relembrada em memes compartilhados pelos usuários das redes sociais.

Os desvaneios e patadas da vilã conquistaram rapidamente o público, que amou odiar ela e os planos malignos contra Maria do Carmo (Susana Vieira) e Lindalva (Carolina Dieckmann).

A história da antagonista do folhetim, foi inclusive inspirada em uma história da vida. Assim como no caso Pedrinho, Nazaré fingiu-se de enfermeira para roubar Lindalva ainda bebê da maternidade de Maria do Carmo.

“Hoje a Nazaré não me pertence mais, ela tem vida própria. Faz as loucuras dela e todo mundo gosta, acessa nas redes. É um personagem que me dá muita alegria”, destacou Renata Sorrah ao Gshow.

“Amor à Vida” – Felix (Mateus Solano)

Debochado e de língua afiada, Felix de “Amor à Vida” foi um vilão que além de marcar época, ultrapassou barreiras nas novelas da Globo.

Mesmo após jogar a sobrinha Paulinha no lixo e tramar o assassinato de Atílio (Luis Melo), o personagem vivido por Mateus Solano conseguiu virar o jogo e ganhar o carinho dos fãs.

Sincero até demais e meio descolado da realidade, o Brasil acabou encantado com o jeitão caricato do personagem, apesar de todas as malvadezas.

Até mesmo o público mais conservador torceu pelo beijo entre Felix e Niko (Thiago Fragoso) nos capítulos finais da novela, e se emocionou ao final quando Felix finalmente recebeu o amor do pai, César (Antonio Fagundes).

“A Favorita” – Flora (Patrícia Pillar)

Patrícia Pillar fez história ao dar vida a sertaneja Flora em “A Favorita” e deixou o público intrigado com o assassinato do marido de Donatela (Claudia Raia), dupla da cantora na trama.

Mesmo que, a princípio,  Flora tente se mostrar como uma vítima injustiçada por Donatela, logo o verdadeiro caráter da antagonista veio a tona, e dividiu a audiência entre quem era a verdadeira vilã do folhetim.

“Eu e Claudia (Raia) sabíamos desde o início quem era quem ali. E assim, pudemos participar ativamente desse jogo. Isso certamente nos possibilitou fazer um trabalho mais minucioso e muito mais divertido”, contou ao Gshow.

Um dos momentos mais marcantes da personagem foi quando ela, após ser desmascarada perante toda a família, protagoniza uma tensa discussão com a filha Lara (Mariana Ximenes), depois leva um tiro da mocinha e depois vai para a cadeia novamente.

“A Usurpadora” – Paola (Gabriela Spanic)

E para encerrar nossa lista, é claro que não poderíamos deixar de fora aquela que foi uma das vilãs mais marcantes das novelas mexicanas que fizeram sucesso no Brasil.

Rica e sem um pingo de piedade, Paola causou na vida da irmã gêmea perdida, Paulina, ao convencê-la a se passar pela vilã para que ela pudesse largar tudo para trás e sair viajando pelo mundo.

Só que quando Paulina começa a se aproximar do marido da gêmea, Paola voltou com tudo, e determinada a arruinar a vida da irmã.