Mesmo com vitória no fim, Brasil comprova que não está pronto para Copa de 2026

Mesmo com vitória no fim, Brasil comprova que não está pronto para Copa de 2026


Pobreza coletiva do time treinado por Dorival Júnior ficou ainda mais evidente na vitória por 2 a 1 contra a Colômbia em Brasília na noite desta quinta-feira (20/3)

No sufoco, o Brasil, enfim, interrompeu uma sequência de dois empates consecutivos e voltou a vencer com um gol salvador de Vini Jr. no “apagar das luzes” do jogo desta quinta-feira (20/3) na Arena BRB Mané Garrincha, em Brasília. No entanto, apesar da vitória, a equipe treinada por Dorival Júnior deixou claro que está longe de estar pronta para a Copa do Mundo de 2026 nos Estados Unidos, México e Canadá.

Truncada, a Seleção pouco conseguia se movimentar em campo e nem mesmo o gol de pênalti de Raphinha, sofrido por Vini Jr., no começo do jogo pareceu “abrir” os caminhos para o Brasil. A Colômbia, bem treinada, e com valores individuais bons como o ponta Luis Díaz, do Liverpool (ING), James Rodríguez, do Léon (MEX), Richard Ríos, do Palmeiras, e Jhon Árias, do Fluminense, conseguiu se impor e controlar a bola por diversos momentos.

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Foto: Rafael Ribeiro/CBF

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Foto: Buda Mendes/Getty Images

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Ao fim do primeiro tempo, os colombianos conseguiram o empate após pressionar a saída de bola com Jhon Árias e, com passe de James Rodrígues, Díaz marcou. Perdida, a Seleção Brasileira voltou ainda pior para o segundo tempo e praticamente não ameaçou o gol do goleiro colombiano Camilo Vargas.

A Colômbia também não ameaçava muito, mas mantinha o controle do jogo, se aproveitando da desorganização do Brasil e do nervosismo dos jogadores em campo. Vini Jr., por mais que tenha sido decisivo nos dois gols da Seleção, mais uma vez teve uma atuação aquém de seu “status” de melhor jogador do mundo.

Com tomadas de decisões ruins e sem a colaboração de um esquema de jogo que privilegia a infiltração dos pontas e triangulações, Vini ficou preso no canto esquerdo e pouco conseguiu criar ao longo o segundo tempo. Nas poucas oportunidades que tinha, o jogador do Real Madrid pecava em não chutar no gol, tentando se mostrar “colaborativo” com seus companheiros de equipe. No entanto, Vini tem que entender que quando a situação aperta, o craque tem que decidir e não “empurrar a responsabilidade”.

Dorival Júnior também parecia perdido à beira do campo. Mesmo com sete substituições as que teve direito (duas delas adicionais por conta de dois protocolos de concussão acionados por Brasil e Colômbia na dividida entre o goleiro Alisson e zagueiro colombiano Jhon Lucumí), o técnico do Brasil pareceu errar em todas elas, exceto em uma: na entrada de Wesley, lateral direito do Flamengo.

Em pouco mais de 15 minutos em campo, o jogador do rubro-negro deu algo que Vanderson, que iniciou a partida na lateral direita, não conseguiu o jogo inteiro: profundidade na beira do campo e jogadas de lado. Fisicamente, foi o único jogador do Brasil capaz de peitar Luis Díaz (já cansado ao final do jogo, bem verdade). Vale destacar que a entrada de Wesley só se deu por conta de um problema físico do lateral do Mônaco, da França, mostrando o total equívoco do técnico do Brasil em não escalá-lo no começo do jogador.

Precisando de jogadas de beira de campo e mais “físico” para encarar o jogo duro promovido pelos meio-campistas da Colômbia, Dorival Jr. deixou duas joias do futebol brasileiro no banco de reservas: Estêvão e Endrick. O técnico brasileiro preferiu encher o setor de meio-campo do Brasil com mais volantes, escolha que não se mostrou acertada, visto que o jogo permaneceu truncado.

No entanto, quando tudo já parecia perdido, o craque apareceu e fez tudo aquilo que se cobrou durante a partida: Vinicius Jr. chutou a gol e, graças a um desvio no meio do caminho (os craques também precisam de sorte), garantiu mais três pontos e “encaminhou” (por que não?) a vaga brasileira no próximo mundial.

Não faltou garra, não faltou raça e boa vontade do Brasil, no entanto, faltou o mais importante: jogo coletivo. Uma equipe que possui talentos como Vini Jr. (atual melhor do mundo pela FIFA), Raphinha (provável candidato a próximo melhor do mundo), Rodrygo (ponta titular do Real Madrid), Estêvão (melhor jogador do Palmeiras e jovem em ascensão do futebol brasileiro) e Endrick (atacante do Real Madrid e futura estrela do futebol mundial) deveria mostrar mais em campo.

A verdade é que, com os talentos que tem, o Brasil não deveria precisar de Neymar, um jogador que não joga em alto nível há quase dois anos, mas parece não se livrar da dependência do craque, visto que, segundo declarações feitas pelo próprio Dorival, elaborou um sistema de jogo que passaria por ele.

Na próxima terça-feira (25/3), o Brasil viaja a Buenos Aires para a encarar a melhor seleção do continente e atual campeã do mundo, a Argentina, e terá que mostrar muito mais caso deseje sair com algum resultado que não seja a derrota.



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