Ministro de Minas e Energia disse que foi ignorado em pedido para tratar a Margem Equatorial; Marina nega impasse no governo
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), rebateu a declaração do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), que afirmou “não ter recebido nenhuma resposta” do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) ao solicitar uma reunião sobre a licença para a Petrobras explorar a Margem Equatorial.
“É um pedido de audiência que foi feito inicialmente apenas para o presidente do Ibama. Depois, houve uma reavaliação por parte do ministro Silveira de que seria mais adequado pedir audiência com a minha presença, e eu estava viajando. Todo mundo sabe que fui para a Índia e tinha uma agenda das conferências nacionais de meio ambiente já programadas”, afirmou Marina nesta 6ª feira (21.mar.2025), em conversas com jornalistas após o lançamento do Restaura Amazônia.
A ministra negou que haja um impasse dentro do governo entre a área ambiental e setores que defendem a exploração de petróleo. Segundo ela, o Ibama segue critérios técnicos para concessão de licenças e não interfere nas decisões estratégicas do país.
“O Ibama se atém à viabilidade ambiental do empreendimento. Não é ele que decide quais são os projetos estratégicos para infraestrutura ou matriz energética. Ele analisa os projetos do ponto de vista da qualidade do licenciamento”, disse Marina.
A Margem Equatorial, que se estende do Amapá ao Rio Grande do Norte, é considerada uma área promissora para a produção de petróleo. Enquanto ambientalistas alertam para os riscos à biodiversidade, o governo avalia o potencial econômico da exploração. A Petrobras aguarda liberação para iniciar os trabalhos na região.