Mãe perde guarda da filha para ex influente e expõe escândalo na Justiça

Mãe perde guarda da filha para ex influente e expõe escândalo na Justiça


Um processo de violência doméstica está acontecendo e ainda assim a Justiça do Maranhão deixou a pequena Aurora com o pai

Atenção: a matéria a seguir traz conteúdos sensíveis e pode ocasionar gatilhos sobre estupro, violência contra a mulher e violência doméstica. Caso você seja vítima deste tipo de violência ou conheça alguém que passe ou já passou por isso, procure ajuda e denuncie. Ligue para o 180.

Uma situação envolvendo a Justiça do Maranhão está dando o que falar nas redes sociais após uma série de publicações de Paula Thereza Portela Gewehr. A engenheira elétrica está em uma batalha contra seu ex-marido pela guarda de Aurora, sua filha de 2 anos e 8 meses.

Segundo informações do jornalista Joerdson Rodrigues e dos vídeos publicados nas redes sociais da mulher, João Felipe M. Demito responde a processos por violência doméstica. Ele é filho do ex-prefeito de Balsas e sua advogada é esposa do presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão, Froz Sobrinho.

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Paula GewehrReprodução / Instagram

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Em seu relato, Paula Gewehr ressalta que se afastou das pessoas e que o ex-parceiro teria trocado seu chip de celular, além de tê-la proibido de frequentar a academia e até de procurar ajuda psicológica. “Ele jogava meus anticoncepcionais fora. Cada tentativa de tomar o remédio virava uma briga feia”, acrescentou a engenheira sobre a pressão para engravidar.

Aurora nasceu em 2022, nos Estados Unidos, e o ex-marido teria decidido que o parto deveria ser normal porque queria ter cinco filhos. Além disso, teria vetado a presença de médicos homens no trabalho de parto, que durou 15 horas. Dois anos após o fim do relacionamento, a engenheira registrou o caso de abuso, mas teve sua medida protetiva arquivada.

Agora, Paula Gewehr luta pela guarda da filha, já que, em dezembro de 2024, um juiz concedeu a guarda unilateral ao pai da criança e restringiu o contato de Paula a visitas presenciais apenas em julho, durante as férias escolares. “Nunca impedi ele de ver a Aurora. Ele liga toda quarta por vídeo, combinamos finais de semana alternados, tudo extrajudicialmente. Não há motivo pra me tirarem ela”, pontuou.

Justificativa da Justiça para a mudança drástica na guarda da criança causa polêmica

Paula conseguiu uma oportunidade de trabalho na Enel, em São Paulo, e o juiz usou como argumento a sua mudança para a decisão. “Eu já era de São Paulo. Na pandemia, em 2021, trabalhava de casa. Em 2022, passei a vir todo mês com Aurora e minha mãe ou a babá, saindo de Balsas [Maranhão], sem aeroporto, pra Imperatriz ou Goiânia”, explicou.

“Em 2024, a empresa exigiu três dias presenciais por semana. Por que me punir por trabalhar?”, indagou a profissional. Ela conseguiu apoio jurídico para obter uma liminar suspendendo a decisão, mas segue sendo julgada no Tribunal de Justiça do Maranhão.

“Uma das advogadas dele é esposa do presidente do Tribunal. Isso dá um peso enorme pros desembargadores, e eu posso perder minha filha pra sempre”, lamentou Paula. Ela declarou que, provavelmente, essa é uma luta sem fim. “Saí de um relacionamento abusivo, mas ele ainda controla minha vida por decisões judiciais”, sentenciou.

Aos prantos, a engenheira elétrica fez um desabafo comovente. “Sempre ouvi que ninguém tira um filho de uma mãe que cuida, que zela. Mas, no meu caso, a justiça não é igual pra todos”, lamentou. Antes de concluir, ela afirmou que imaginar a filha estando a 3 mil quilômetros de distância por uma decisão judicial é “desesperador”.

O portal LeoDias tentou entrar em contato com Paula Gewehr para entender melhor o caso, mas ainda não obteve retorno. Muitos protestos estão acontecendo na cidade onde o caso está acontecendo e também nas redes sociais após as declarações da mãe de Aurora. Confira os vídeos do desabafo abaixo:





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