Tenho confiança na liderança do Galípolo, diz Haddad

Tenho confiança na liderança do Galípolo, diz Haddad


Ministro elogia presidente do BC e defende coerência na política monetária; Selic subiu para 14,25% na 4ª feira (19.mar)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta 5ª feira (20.mar.2025) que tem confiança na liderança de Gabriel Galípolo, presidente do BC (Banco Central). A autoridade monetária aumentou a Selic de 13,25% para 14,25% ao ano na 4ª feira (19.mar.2025), uma alta de 1 ponto percentual.

“Ele [Galípolo] tem um compromisso com a coerência das medidas do BC para cumprir o seu mandato, qual seja, trazer a inflação para a meta. Se fosse algo que se resolvesse com algoritmos, não precisaria nem de diretor […] Tenho confiança na liderança do Galípolo”, afirmou o ministro, em entrevista à GloboNews.

Mais cedo, no programa Bom Dia, Ministro, da EBC, ele afirmou que o Banco Central não pode dar um “cavalo de pau” e mudar o “guidance” da taxa básica de juros contratado durante a gestão do ex-presidente do BC, Roberto Campos Neto. O “guidance” é um instrumento usado para indicar a direção futura da Selic.

“O Galípolo é uma pessoa muito séria e psicologicamente preparada para o cargo, porque não é um cargo simples. É um cargo que recebe pressão de todos os setores”, afirmou.

A taxa de juros de 14,25% está no mesmo patamar registrado ao final do governo de Dilma Rousseff (PT), em 2016. A então presidente sofria um processo de impeachment na época.

A última vez em que o indicador havia superado esse patamar foi em agosto de 2006. Naquela época estava a 14,75%, quando o presidente da República também era Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Leia abaixo a trajetória do indicador:

GALÍPOLO VOTOU POR ALTA EM 2025

Apesar de Haddad atribuir a alta da Selic ao trabalho de Campos Neto, os votos do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e dos demais integrantes do Copom indicados pelo presidente Lula tiveram peso maior no colegiado.

Leia 2 trechos do que disse Galípolo em 19 de dezembro:

  • “O Roberto [Campos Neto] foi muito delicado e gentil ao falar como que foram as duas últimas reuniões [do Copom]. Todos os diretores deram todo o apoio para que a gente [diretores que permaneceriam em 2025] tomasse a frente no processo de decisão do que aconteceria neste Copom, inclusive do guidance”;
  • “Depende de quem você gosta mais. Se você gosta mais do Roberto ou de mim você acha que foi culpa de um ou de outro. E se você gosta do que foi tomado de decisão, você vai achar que a culpa foi de um ou de outro. E, não. O Roberto foi muito claro na reunião que entendia que era para se deixar a responsabilidade comigo, e que minha voz tinha que ter uma voz distinta”.





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