Rubro-negro afirmou que repudia o racismo, mas que não cabe aos clubes embates institucionais com a Conmebol
Após revolta da torcida por conta da não assinatura na nota de repúdio feita pela Liga do Futebol Brasileiro (Libra) ao racismo cometido pelo presidente da Conmebol, o Flamengo se pronunciou na tarde desta quinta-feira (20/3).
O rubro-negro deixou claro que repudia qualquer ato de racismo, mas que não cabe aos clubes interferirem e relações institucionais feitas com a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) e este papel deve ser exercido pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
O clube também reforçou que o combate ao racismo no Flamengo “vai além do discurso” e que possui um manual interno de combate ao racismo e está realizando ajustes jurídicos finais para adicionar uma “cláusula antirracista” em seu estatuto.
Veja as fotos
BAP, novo presidente do Flamengo (Divulgação)
Reprodução/Flamengo
BAP, novo presidente do Flamengo, ao lado de seu vice, Flávio Willeman (Divulgação)
Flamengo e Fluminense disputam o título carioca deste anoReprodução
BAP, em seu primeiro discurso como presidente do Flamengo (Reprodução)
BAP, novo presidente do Flamengo (Divulgação)
Apenas metade dos clubes brasileiros envolvidos em competições da CONMEBOL se posicionaram contra o racismo do presidente da entidade
O portal LeoDias procurou todos os 14 clubes envolvidos em competições da Conmebol na temporada de 2025 para se manifestarem sobre a declaração racista de Alejandro Domínguez que comparou a possível saída do Brasil da Libertadores como o personagem Tarzan sem sua chimpanzé de estimação: “É como Tarzan sem Chita, impossível”.
Apenas 7 clubes (metade) se colocaram contra as falas: Palmeiras; Bahia; Fortaleza; Vitória; Grêmio; Vasco e São Paulo. Os demais ou informaram que não iriam se pronunciar sobre o tema (como no caso do Flamengo) ou sequer responderam aos contatos de nossa reportagem.
Leia a nota oficial do Flamengo na íntegra
“NOTA OFICIAL
O Flamengo luta contra qualquer forma de racismo e discriminação há muito tempo e reafirma seu compromisso no combate estrutural ao racismo no futebol e na sociedade. No entanto, entendemos que as relações institucionais com a Conmebol devam ser conduzidas pela CBF, entidade que representa oficialmente os clubes brasileiros nos torneios sul-americanos.
No Flamengo, o combate ao racismo vai muito além do discurso. Além do manual interno de Combate ao Racismo, finalizamos os ajustes jurídicos para incluir em nosso estatuto uma cláusula antirracismo. O Flamengo tem plena consciência de sua enorme responsabilidade social e busca, todos os dias, ações estruturais que tragam impacto positivo real para o futebol e para a sociedade.
Clube de Regatas do Flamengo”
