Rebeldes Houthi reivindicam ataque contra EUA no Mar Vermelho

Rebeldes Houthi reivindicam ataque contra EUA no Mar Vermelho


Grupo do Iêmen apoiado pelo Irã disse que lançamento de mísseis contra porta-aviões era resposta a ataque norte-americano

Os rebeldes Houthi, apoiados pelo Irã, reivindicaram na 2ª feira (17.mar.2025) 2 ataques a porta-aviões norte-americanos no Mar Vermelho em resposta às “agressões dos Estados Unidos” contra o Iêmen no sábado (15.mar).

De acordo com o Ministério da Saúde houthi, citado pelo jornal francês Le Monde, mulheres e crianças estavam entre os 53 mortos e os 98 feridos na ofensiva.

Os EUA prometeram continuar suas operações militares na região até que cessem os ataques rebeldes. A ONU (Organização das Nações Unidas) e parte da comunidade internacional apelou por um fim às hostilidades de ambos os lados.

Segundo os Houthi, no 1º ataque, foram lançados 18 mísseis e 1 drone contra o porta-aviões USS Harry Truman e seus navios de guerra, pouco antes de um 2º ataque.

Em um comunicado publicado no Telegram, um porta-voz houthi disse que os ataques representavam “uma retaliação às agressões continuadas dos EUA contra o nosso país“. Os EUA não confirmaram o ataque.

Donald Trump (Partido Republicano) prometeu na 6ª feira (15.mar) usar “força letal esmagadora” contra os houthis. “A todos os terroristas Houthi, seu tempo acabou e seus ataques devem parar a partir de hoje. Se não o fizerem o inferno cairá sobre vocês como nunca viram antes!“, escreveu Trump em letras maiúsculas em sua rede social Truth Social.

Michael Waltz, conselheiro de Segurança Nacional de Trump, destacou em entrevista a ABC News que a ofensiva dos EUA visou a líderes Houthi, enquanto Pete Hegseth, chefe do Pentágono, prometeu na Fox News uma campanha “incansável” com o uso de mísseis até que os ataques rebeldes cessem.

De novembro de 2023 a janeiro de 2025, os rebeldes Houthi atacaram mais de 100 navios mercantes e afundaram 2 navios, matando 4 marinheiros, com o objetivo de acabar com a guerra de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza.

O ataque desta semana foi o 1º reivindicado pelos houthis no Mar Vermelho e no Golfo de Aden desde 19 janeiro de 2023, depois que entrou em vigor o cessar-fogo entre Israel e Hamas.

Os Houthis, conhecidos como Ansar Allah, defendem a minoria muçulmana xiita do Iêmen, os Zaidis. Eles se consideram parte do “eixo de resistência” liderado pelo Irã.





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