Nome é visto por congressistas como mais neutro em comparação às presidências anteriores, ocupadas pelo PL em 2024 e pelo PT em 2023
A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara foi instalada nesta 4ª feira (19.mar.2025). O deputado federal Paulo Azi (União Brasil-BA) foi eleito presidente do colegiado com 54 votos favoráveis.
O nome é visto por congressistas como mais neutro em comparação às presidências anteriores, ocupadas pela deputada Caroline de Toni (PL-SC), em 2024, e por Rui Falcão (PT-SP), em 2023.
Em seu discurso de posse, o congressista acenou tanto às pautas do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quanto àquelas que, segundo ele, têm com apoio popular.
“Essa presidência sabe que é preciso dar uma atenção especial às matérias que são oriundas do Poder Executivo, que tem quase a obrigação de implantar e propor políticas públicas para as quais foi eleito, mas, ao mesmo tempo, essa presidência sabe a importância de permitir que a voz das ruas seja ouvida por esse Parlamento”, declarou o congressista.
O Poder360 apurou que, com Azi no comando da CCJ, a oposição acredita que o texto será aprovado caso volte à comissão.
O PL pleiteava a presidência da comissão para articular a volta do projeto de lei que concede anistia aos presos do 8 de Janeiro ao colegiado. Em outubro de 2024, o então presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), transferiu a análise do texto para uma comissão especial, que ainda não foi instalada.
Ocorre que um acordo de revezamento firmado durante a gestão de Lira impediria a escolha do PL para o comando da comissão neste ano, já que o partido presidiu a CCJ em 2024, com a deputada Caroline de Toni (SC).
COMISSÕES
Os deputados instalam e elegem os presidentes das 30 comissões permanentes na manhã desta 4ª feira (19.mar). O partido de Bolsonaro controlará a Comissão de Saúde, com maior quantidade de verba a ser distribuída por meio de emendas. Será presidida por Marcelo Álvaro Antônio (PL-MG). Também ficará com a Comissão de Relações Exteriores. Pleiteado por Eduardo Bolsonaro (PL) –agora licenciado–, o colegiado deve ser presidido por Filipe Barros (PL-PR).
A federação governista angariou 6 comissões. Dentre elas, Fiscalização e Controle, sob o comando de João Carlos Bacelar (PV-BA). O partido de Lula tinha Educação como prioridade, mas abriu mão para o União Brasil. Em troca, a sigla deixou a relatoria da CMO para Isnaldo Bulhões (MDB-AL).