Petista tem avaliação negativa de 88% e ministro, de 58%; o presidente do BC, Gabriel Galípolo é bem avaliado por 45% dos entrevistados
Enquete da Genial/Quaest divulgada nesta 4ª feira (19.mar.2025) indica que agentes do mercado financeiro rejeitam o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ainda, que piorou a avaliação do trabalho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e existe um voto de confiança ao presidente do BC (Banco Central), Gabriel Galípolo.
A gestão de Lula é avaliada como “negativa” por 88% dos entrevistados. Outros 8% disseram ser “regular” e 4% como “positivo”.
Eis o cenário completo:
Foram feitos questionários on-line com 106 fundos de investimentos com sede em São Paulo e no Rio de Janeiro, de 12 a 17 de março. Fazem parte dos entrevistados gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão do mercado financeiro.
A margem de erro é de 3,4 pontos percentuais para mais ou para menos. A enquete foi encomendada pela Genial Investimentos. Eis a íntegra (PDF – 10 MB).
Segundo Felipe Nunes, diretor da Quaest, a explicação para a avaliação negativa do governo “está na percepção generalizada no mercado que a política econômica do país está indo na direção errada: apenas 7% defendem a política econômica atual”.
Para 93% dos entrevistados, a política econômica do Brasil vai na direção errada.
O principal responsável pela situação econômica é, para 92% dos entrevistados, Lula. Outros 5% disseram ser Haddad.
Ainda assim, piorou a avaliação do trabalho de Haddad no Ministério da Fazenda –o ministro mantinha avaliação majoritariamente positiva desde julho de 2023, mas a situação se inverteu.
Na enquete de março, a gestão de Haddad é avaliada como “negativa” por 58% dos entrevistados, “regular” por 32% e “positiva” por 10%.
A maioria (85%) dos entrevistados disse que a força de Haddad está menor do que era quando assumiu o ministério. Outros 14% afirmaram estar igual e 1% declarou ser menor.
Já a atuação de Galípolo no BC é avaliada como positiva por 45% dos entrevistados e como regular por 41%. Apenas 8% disseram ser negativa.
Conforme o diretor da Quaest, “esse voto de confiança está sob avaliação”. Isso porque 58% disseram achar cedo para avaliar se Galípolo está tomando decisões mais técnicas ou mais políticas no comando do BC.
De forma geral, o mercado está pessimista com relação à economia brasileira: 83% disseram acreditar que haverá uma piora nos próximos 12 meses, enquanto apenas 4% acreditam em uma melhora.
Quase 60% dos entrevistados declarou acreditar que o Brasil corre o risco de entrar em recessão no 2º semestre de 2025.
A grande maioria (82%) dos agentes de mercado responderam que a inflação em 2025 vai ser maior do que foi em 2024.
Sobre a relação entre o Executivo e o Legislativo, subiu a percentagem dos que acreditam ser baixa a possibilidade de o governo aprovar sua agenda no Congresso Nacional: passou de 39% para 58%.
Para os entrevistados, há mais chance que o Congresso passe propostas de gastos, como a isenção do Imposto de Renda, do que as de compensação, como a taxação de quem ganha acima de R$ 50.000.
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