Presidentes da Sony e Som Livre deixam postos simultaneamente. Descobrimos o futuro das empresas!

Presidentes da Sony e Som Livre deixam postos simultaneamente. Descobrimos o futuro das empresas!


Após a Sony comprar a Som Livre, há dois anos, muito se especulou sobre fusão. Fontes apontam que esse não é o caso

Enquanto você escuta um artista que gosta, na sua plataforma favorita, mal imagina o bafafá que acontece, neste momento. O portal LeoDias conversou com diversos especialistas do mercado para entender, por que, neste momento, duas das três maiores gravadoras do país, a Sony Music e a Som Livre, afastaram seus presidentes. Seria coincidência? O mercado está em crise? O que está havendo e o que isso significa para seus artistas agora “órfãos”, como Luisa Sonza, Gusttavo Lima e Seu Jorge.

Fontes do círculo mais interno destas empresas garantem que a surpresa foi geral quando tanto Paulo Junqueiro como Marcelo Soares deixaram os cargos. O primeiro, que comandava a Sony, teria se afastado por aposentadoria, enquanto o segundo não deu muita explicação sobre a decisão. Independente do motivo, o recado é óbvio: grandes mudanças vêm por aí, uma delas, esperada há alguns anos.

Para quem não se lembra, há apenas três anos ocorreu a primeira grande delas, que chocou o mercado, quando a Som Livre, do Grupo Globo, foi adquirida pela Sony, da Sony Music. A compra, embora impactante no meio da música, não fez com que as duas se tornassem uma só, mas isso está prestes a mudar em partes. A rádio corredor garante que Paulo Junqueiro sai no dia 31 de março. Além disso, já nos próximos meses, Som Livre e Sony não vão passar por uma fusão, mas compartilharão uma nova estrutura.

Gusttavo Lima, Luan Santana, Barões da Pisadinha, Caetano Veloso, Martinho Da Vila, Emicida, entre muitos outros, são apenas alguns dos nomes que ficam “órfãos” de Paulo, responsável pela chegada deles a Sony, mas o que se diz por aí é de um futuro ainda mais capacitado para as gravadoras. Em meio a isso, elas, e todas as outras não citadas aqui, enfrentam um mesmo problema

Fundo de investimento

O próprio portal LeoDias já noticiou mais de uma vez, quando um fundo de investimento X comprou todos os shows de um artista Y por um ano, ou ainda, toda a sua obra, a chamada fonografia. E é aí que moram um dos pesadelos das empresas do meio. 

Se criar e sustentar um artista e seu sucesso já era trabalhoso, imagine quando se tem na concorrência fundos de investimento com milhões prontos para competir por cantores. Atualmente, o esforço é grande e as contra propostas também. 

Advance

Além disso, somam-se os conhecidos, amados e/ou odiados adiantamentos do meio, formalmente chamados de advance. O método é antigo, mas agora é quase impossível não ser adotado pelos músicos. Antes era mais comum que um artista fechasse um contrato com a gravadora para uma quantidade de discos ou músicas, cumprisse com isso e, depois, ganhasse dinheiro em cima do seu sucesso. 

O advance nada mais é que o pagamento antecipado pelo seu sucesso, uma verdadeira suposição de quanto aquele artista vai ganhar com o projeto acordado, um ato de pura confiança. Quando aquele valor adiantado retorna para a empresa, o artista passa a ganhar novamente em cima do projeto. E se os fundos de investimento já eram um problema… agora, fontes garantem que músicos deixam de assinar contratos justamente pelo valor do tal advance, optando por quem oferece mais.

O pensamento é simples: com mais dinheiro, maior qualidade para seu futuro projeto e, por seguinte, maior chances de conseguir sucesso com ele, resultando também em mais dinheiro. E qual é o artista que não quer fazer uma obra bem feita e reconhecida? Atire a primeira pedra o que quiser entregar “qualquer coisa”. 

Em meio a tantas ofertas e promessas, também está a certeza de valores justos, mesmo que eles sejam na casa dos milhões. Vale ressaltar, inclusive, que os tais boatos que percorreram o mercado sobre a índole de Paulo Junqueiro não poderiam estar mais erradas. Truculento e grosso com seu jeitão português, sim, mas correto até o fim também, o agora ex-presidente da Sony fazia questão de ter pessoas certas com quem falar de valores e sempre buscou quantias justas para ambos os lados, sem tirar nem por. 

O futuro, aos novos presidentes pertence, mas o problema segue o mesmo: como criar, viralizar e manter um artista em alta em meio a tudo isso? O portal LeoDias vai seguir explicando para você em breve.

O portal LeoDias tentou contato com Paulo Junqueiro e Marcelo Soares mas não teve retorno até o momento. O espaço segue aberto.



Source link