Provocações ocorreram durante a final da Libertadores Sub-20; meia do Palmeiras desabafou sobre a postura diante da denúncia de discriminação racial
Durante a final da Libertadores Sub-20 entre Flamengo e Palmeiras, no último domingo (16/7), parte da torcida rubro-negra chamou o meio-campista palmeirense Luighi de “chorão”. A provocação faz referência à cena em que o jogador chorou na zona mista após denunciar ter sido vítima de racismo durante a semifinal contra o Cerro Porteño, do Paraguai.
O episódio, que gerou ampla repercussão e voltou a colocar o racismo no centro das discussões no futebol, foi comentado pelo próprio jogador após a partida decisiva.
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“A gente perdeu, eles ganharam, eles têm total liberdade de zoar, mas eu vejo como a sociedade não respeita o que aconteceu”, afirmou Luighi. O meia ainda completou: “A provocação entra por um ouvido e sai pelo outro. Mas fica o aprendizado para a sociedade, que não respeita o racismo.”
Além do desabafo de Luighi, a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, manifestou sua indignação com as punições da Conmebol ao Cerro Porteño. A dirigente decidiu não participar do sorteio das fases de grupos da Libertadores e da Sul-Americana, previsto para esta segunda-feira (17/3), em protesto pela resposta considerada branda da entidade ao caso.
A denúncia de racismo envolvendo Luighi reacendeu o debate sobre a gravidade da discriminação nos gramados sul-americanos e provocou reações de solidariedade ao jogador dentro e fora do esporte.