Direita lidera pesquisa presidencial na Romênia

Direita lidera pesquisa presidencial na Romênia


Após Justiça anular eleição de novembro e barrar candidato pró-Rússia, aliados surgem como favoritos para o pleito de maio

Os candidatos da direita George Simion, do AUR (Aliança para a União dos Romenos), e Anamaria Gavrila, do POT (Partido dos Jovens), lideram pesquisa para o 1º turno das eleições presidenciais na Romênia. O pleito está marcado para 4 a 18 de maio. 

Segundo a pesquisa do instituto AtlasIntel, publicada nesta 2ª feira (17.mar.2025), Simion e Gavrila obteriam 30,4% e 30,2% dos votos, respectivamente, caso concorram. Em seguida, aparece o atual prefeito da capital Bucareste, Nicușor Dan (Partido Independente, centro-direita), com 26%.

Simon e Gavrila são as apostas da direita para substituir Călin Georgescu (Aliança para a União dos Romenos) na corrida presidencial. Em 9 de março, Georgescu foi impedido de concorrer por acusações de receber apoio do governo russo durante sua campanha on-line. 

O BEC (sigla em romeno para Departamento Central das Eleições) já aceitou ambas as candidaturas de Simon e Gavrila, mas ainda não há decisão sobre quem irá renunciar.

Ainda de acordo com a pesquisa desta 2ª feira (17.mar), 79,3% dos eleitores de Georgescu vão para Simion no 1º turno. 

Já no 2º turno a situação se inverteria. O centrista Nicusor Dan, aparece como favorito contra ambos. Os indecisos veem Dan como a escolha preferida.

A ascensão da direita na Romênia, com uma postura pró-Rússia, desafia a orientação pró-europeia do país. A oposição desses partidos ao fornecimento de ajuda militar à Ucrânia destaca as tensões com os valores da UE (União Europeia) e da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

ELEIÇÃO ANULADA EM NOVEMBRO

Georgescu foi o vencedor do 1º turno das eleições presidenciais em novembro do ano passado. No entanto, o pleito foi anulado pelo Tribunal Constitucional da Romênia depois de o governo alegar interferência da Rússia e irregularidade eleitorais no resultado. Segundo as autoridades, documentos do Conselho de Segurança do país evidenciam uma interferência russa.

O Conselho de Defesa Nacional afirmou que supostos ataques cibernéticos realizados prejudicaram a integridade do processo eleitoral. O governo também acusou a rede social TikTok de impulsionar a campanha de Georgescu, com maior alcance de algoritmo na plataforma.

As divergências quanto às eleições fizeram com que o Tribunal Constitucional pedisse uma recontagem dos votos do 1º turno. A corte chegou a validar o resultado eleitoral posteriormente, porém voltou atrás e anulou o pleito em 6 de dezembro.

Calin Georgescu tinha 5% das intenções de voto nas pesquisas, mas venceu o 1º turno com a preferência de 22% dos eleitores. O candidato é criticado por elogiar líderes romenos fascistas da década de 1930. Ele também defende maior aproximação com a Rússia.





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