Encontros acontecem principalmente durante o período de desova, quando os cachorros, muitos deles abandonados, circulam pelas praias à noite

Pesquisadores do Projeto Tamar, localizado em Sergipe, trouxeram à tona uma grave situação envolvendo ataques de cães a tartarugas marinhas. Em 2023, foram documentados oito incidentes fatais, com a maioria ocorrendo na região da Barra dos Coqueiros. Esses ataques acontecem principalmente durante o período de desova, quando os cães, muitos deles abandonados, circulam pelas praias à noite. Os moradores da área expressaram suas preocupações em relação à dificuldade de lidar com os cães apreendidos, uma vez que não existem planos de manejo para esses animais nos municípios.
Essa falta de estratégia agrava a situação, já que a presença de cães nas praias representa uma ameaça significativa para as tartarugas durante a desova. Sergipe é reconhecida como a principal área de desova da tartaruga Oliva no Brasil, além de abrigar outras espécies importantes, como a Cabeçuda, a de Pente e a Verde. A proteção dessas tartarugas é crucial, não apenas para a biodiversidade, mas também para a saúde dos ecossistemas marinhos.

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O Ministério Público Federal (MPF) está ciente das denúncias feitas pelos pesquisadores e planeja discutir o assunto em uma audiência pública sobre animais de rua, que está agendada para abril. Essa iniciativa pode ser um passo importante para encontrar soluções que garantam a proteção das tartarugas e o manejo adequado dos cães nas praias.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Fernando Dias