Polícia indicia 8 pessoas pela morte de delator do PCC

Polícia indicia 8 pessoas pela morte de delator do PCC


Antônio Vinícius Gritzbach foi assassinado no Aeroporto de Guarulhos em 8 de novembro de 2024; inquérito foi enviado à Justiça

O DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa) da Polícia Civil de São Paulo finalizou a investigação sobre o assassinato de Antônio Vinícius Gritzbach, que se deu em 8 de novembro de 2024, no Aeroporto Internacional de Guarulhos.

O inquérito, com cerca de 500 páginas, foi enviado à Justiça nesta 6ª feira (14.mar.2025) para dar seguimento ao processo. Ao todo, 6 pessoas foram indiciadas por homicídio e outras 2, por favorecimento, acusadas de ajudar na fuga dos criminosos.

Segundo a delegada Luciana Peixoto, as investigações apontaram que a execução foi ordenada por Emílio Carlos Gongorra, conhecido como “Cigarreiro”, e Diego Amaral, o “Didi”. A motivação do crime seria vingança, conforme mensagens interceptadas.

Além de Cigarreiro e Didi, um 3º suspeito, apontado como olheiro no dia do crime, continua foragido. Já os 3 policiais militares acusados de executar o homicídio seguem presos no Presídio Militar Romão Gomes.

As investigações chegam ao fim nesta etapa. O inquérito traz provas técnicas robustas para que possamos amparar o Ministério Público em sua denúncia. Nós daremos continuidade a demais investigações e eventuais participações de outras pessoas”, afirmou o delegado-geral, Artur Dian.

O inquérito faz parte de uma força-tarefa coordenada pelo secretário-executivo da Segurança Pública, delegado Osvaldo Nico Gonçalves. Durante 126 dias, a equipe analisou 6 terabytes de arquivos, incluindo imagens e áudios obtidos com autorização judicial.

Para Osvaldo Nico Gonçalves, coordenador da força-tarefa criada para investigar o crime, a Polícia Civil “encerrou um ciclo” importante da investigação. Ainda há outros três inquéritos abertos no DHPP para novas apurações.

O material foi visto, revisto e discutido em uma sala isolada. Os policiais não pararam nesse tempo. Contamos com uma força-tarefa que realizou um vasto trabalho de campo durante esses meses”, disse a chefe do DHPP, delegada Ivalda Aleixo.

Histórico

Gritzbach era réu por homicídio e acusado de envolvimento em esquemas de lavagem de dinheiro para a organização criminosa PCC.

No ano passado, ele havia assinado uma delação premiada com o Ministério Público, entregando o nome de pessoas ligadas ao PCC e também acusando policiais de corrupção.

Até este momento, 26 pessoas já foram presas por envolvimento no caso, sendo 17 policiais militares e 5 policiais civis.

Outras 4 pessoas presas são suspeitas de ter alguma relação com o homem apontado como integrante da facção criminosa e que teria atuado como “olheiro” no dia do crime.

Há cerca de 1 mês, o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) deflagrou uma operação para cumprir mandados judiciais contra os envolvidos na morte do delator.

Em janeiro, a Corregedoria da Polícia Militar deflagrou uma operação contra policiais militares suspeitos de envolvimento no caso. Na ocasião, foram cumpridos 15 mandados de prisão e 7 de busca e apreensão.

Dois policiais militares foram presos logo na sequência. Entre os detidos, estão suspeitos de serem os atiradores e o motorista que foi usado no dia do crime.





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