O laboratório em Hilo, essencial para o monitoramento de gases de efeito estufa, pode ser fechado como parte de cortes governamentais
O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), anunciou planos para cancelar o contrato de locação de um laboratório governamental em Hilo (Havaí) que monitora os níveis de gases de efeito estufa.
A unidade é ligada ao Observatório de Mauna Loa, que coleta dados essenciais para a Curva de Keeling –gráfico sobre o status diário das concentrações de dióxido de carbono atmosférico. A decisão foi divulgada pelo Washington Post na 6ª feira (14.mar.2025).
O laboratório está em uma lista de dezenas de instalações da Noaa (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica, na sigla em inglês) cujos contratos de locação estão programados para expirar ainda este ano.
A não renovação do contrato de locação, que expira em 31 de agosto, faz parte de um plano mais amplo de cortes em imóveis e pessoal do governo Trump, anunciado pelo Doge (Departamento de Otimização Governamental e Eficiência, na sigla em inglês), liderado por Elon Musk.
Em reposta, congressistas democratas enviaram uma carta ao secretário de Comércio, Howard Lutnick, em que pedem detalhes sobre os planos de fechamento de instalações da Noaa. Eles defenderam a importância da agência no fornecimento de informações críticas para a sociedade.
O LABORATÓRIO
O Observatório de Mauna Loa e o Laboratório de Monitoramento Global em Hilo são peças-chave na pesquisa climática global. Situado no topo de um vulcão, o observatório oferece um local ideal para a coleta de dados atmosféricos com mínima interferência.
Desde o final dos anos 1950, as observações iniciadas por Charles David Keeling têm sido vitais para entender as mudanças climáticas.
A Noaa e a Administração de Serviços Gerais avaliam opções para otimizar o uso de espaços e os termos de locação.