Estudantes ocuparam prédio da instituição em 2024 durante atos contra Israel e a favor da Palestina
A Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, anunciou na 5ª feira (13.mar.2025) que vai sancionar alunos envolvidos na ocupação de um prédio do campus durante protestos contra a guerra entre Israel e o Hamas em 2024.
A medida se dá depois que o governo de Donald Trump (Partido Republicano) cortou cerca de US$ 400 milhões em subsídios e contratos federais da universidade na semana passada, argumentando a falta de ação da instituição diante do “assédio persistente a estudantes judeus”.
Em abril de 2024, estudantes da Universidade de Columbia ocuparam o prédio conhecido como Hamilton Hall sob os gritos de “Palestina livre”. Os manifestantes também realizaram um acampamento no campus da instituição em protesto contra a guerra na Faixa de Gaza.
A universidade disse, em nota, que seu Conselho Judicial “apresentou suas conclusões” e aplicou sanções a estudantes envolvidos na ocupação do Hamilton Hall, “incluindo suspensões de vários anos, revogação temporária de diplomas e expulsões”. Com relação aos alunos envolvidos nos protestos, a instituição informou que o conselho “reconheceu as medidas disciplinares já impostas”.
Lê-se na nota: “A universidade reafirma seu compromisso com a aplicação de suas regras e políticas e com a melhoria de seus processos disciplinares”.
As ações disciplinares vêm depois da conclusão de um processo de meses de duração que incluiu investigações e audiências. A Columbia não divulgou quantos alunos receberam as punições.
Ativista pró-palestino detido, Mahmoud Khalil acionou um tribunal federal na 5ª feira (13.mar) para impedir a Universidade de Columbia de compartilhar registros disciplinares de estudantes de protestos no campus com um comitê da Câmara dos Representantes dos EUA liderado por republicanos, de acordo com a agência de notícias Reuters.
Agentes do Departamento de Segurança Interna executaram mandados de busca em duas residências da Universidade de Columbia na noite de 5ª feira (13.mar). A presidente interina da escola, Katrina Armstrong revelou ao jornal The New York Post que ninguém foi preso durante as buscas.