Sindicato cobra que a Petrobras negocie um regime híbrido de trabalho com regras definidas em acordo coletivo
A FUP (Federação Única dos Petroleiros) convocou nesta 5ª feira (13.mar.2025) os trabalhadores da Petrobras para uma greve de advertência de 24 horas em 26 de março. Os funcionários da estatal querem uma mudança na escala de home office e melhorias nas condições laborais.
A paralisação ainda precisa ser aprovada em assembleias da categoria. O sindicato cobra que a Petrobras negocie um regime híbrido de trabalho com regras estabelecidas em acordo coletivo. A categoria já havia aprovado o estado de greve em janeiro.
Na 3ª feira (11.mar), representantes da FUP e da Petrobras se reuniram no Rio para discutir o modelo de teletrabalho, mas não chegaram a um consenso. Segundo a FUP, a petroleira manteve sua proposta anterior.
Além dessa pauta, a greve também busca protestar contra a redução da remuneração variável, a recomposição do efetivo, a segurança nas operações e o funcionamento da Fafen-PR (Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná).
Os petroleiros também reivindicam o fim dos equacionamentos da Petros —descontos aplicados nos contracheques de empregados ativos, aposentados e pensionistas— e a criação de um plano de cargos e salários isonômico.
O Poder360 procurou a Petrobras por meio de e-mail para perguntar se gostaria de se manifestar a respeito da paralisação. Foi enviado um e-mail nesta 5ª feira (13.mar) às 22h12. Não houve resposta até a publicação desta reportagem. O texto será atualizado caso uma manifestação seja enviada a este jornal digital.
MUDANÇA NO TELETRABALHO
A diretoria da Petrobras informou em 9 de janeiro que pretendia aumentar, nos próximos meses, de 2 para 3 os dias presenciais dos empregados em teletrabalho, com exceção de PCDs (pessoas com deficiência) e pais de PCDs. Logo, os dias em home office passariam de 3 para 2. Sindicatos protestaram contra a medida.
Segundo a FUP, a alteração foi anunciada sem ter tido “qualquer negociação com as entidades sindicais ou consulta à categoria”. A federação afirmou que ela impacta a vida de milhares petroleiros, “desestruturando famílias e abalando a saúde mental”.