Reformulação visa a ampliar a cobertura do jornal e atingir um público mais diverso; também priorizará produtos digitais do veículo
O Washington Post anunciou nesta 2ª feira (10.mar.2025) mudanças em sua redação com o objetivo de ampliar a cobertura do jornal e atingir um público mais amplo, de acordo com um comunicado interno do editor executivo Matt Murray.
Segundo Sara Fischer, do jornal digital Axios, as mudanças se dão depois de meses de saídas de funcionários importantes e reações negativas às recentes mudanças na cobertura de opinião por parte do empresário Jeff Bezos, proprietário do Washington Post.
Como parte da reformulação da redação, o Post dividirá sua redação nacional nos Estados Unidos em duas seções que se concentrarão em reportagens nacionais e de cobertura política e governamental, respectivamente.
Segundo Murray, a divisão de política e governo irá abranger a maioria dos repórteres e editores que cobrem o cenário político e o governo dos EUA. A equipe de economia e política econômica de negócios será incorporada nesta seção.
A divisão nacional, que engloba as equipes de EUA, educação e atribuições gerais em Washington, terá a responsabilidade de cobrir os Estados Unidos e questões e figuras importantes fora de Washington D.C. e em todo o país de forma mais ampla.
As equipes de negócios, tecnologia, saúde, ciência e clima serão reunidas em um novo setor que se concentra em “como as empresas estão se transformando na economia, como as mudanças científicas e tecnológicas estão afetando a vida diária e o que tudo isso significa para a saúde, a segurança das pessoas e o planeta”, disse Murray.
Essas mudanças também visam a priorizar produtos digitais e o envolvimento dos leitores com as publicações do jornal. Segundo o comunicado interno, o editor-executivo do Washington Post contratará um chefe de impressão para “isolá-la do restante da redação e torná-la totalmente secundária, para que a maioria de nós possa concentrar nossos esforços em nossos crescentes produtos digitais”. De acordo com Murray, “o texto não será mais um [formato] padrão e o comprimento não será mais uma medida reflexiva de qualidade”.
As novas funções de chefe de departamento para cada nova seção devem ser anunciadas em breve, afirmou o editor-executivo. Devem entrar em vigor até, no máximo, 5 de maio.