Ocupará a cadeira da ex-ministra Nísia Trindade; em seu lugar na articulação do governo entrará Gleisi Hoffmann (PT)
O novo ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), tomou posse nesta 2ª feira (10.mar.2025) no lugar de Nísia Trindade. Padilha foi escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por sua experiência à frente do cargo. Foi ministro da Saúde no governo na ex-presidente Dilma Rousseff (PT). À frente do ministério, lidará com o combate à dengue e longas filas no sistema público da saúde. Com Padilha, o objetivo principal da pasta será diminuir o tempo na fila de espera do atendimento médico especializado.
Até a mudança, ele era ministro da SRI (Secretaria de Relações Institucionais), desde 2023 –a cadeira foi ocupada nesta 2ª feira por Gleisi Hoffmann (PT)
Padilha é médico infectologista pela USP (Universidade de São Paulo). Iniciou na política no 2º governo Lula com o mesmo cargo que ocupou anteriormente. Depois, foi ministro da saúde de Dilma, Secretário Municipal de São Paulo em 2015 e eleito deputado federal por São Paulo em 2019.
A sua primeira gestão neste ministério foi marcada pela criação do programa Mais Médicos, modificação das PDPs (Parcerias de Desenvolvimento Produtivo) –parcerias público-privadas com o objetivo de promover a produção nacional de medicamentos e equipamentos hospitalares– e pela ampliação da Farmácia Popular.
Apesar da reforma ministerial ser uma estratégia de Lula para fortalecer a sua relação com o Congresso Nacional, o ex-SRI teve desentendimentos com o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) enquanto estavam nos respectivos cargos. Lira criticou Padilha pela falta de organização na secretaria e centralização de decisões, inclusive, dizendo que ele era “incompetente” e um “desafeto pessoal”.
POSSE DOS NOVOS MINISTROS
Tanto Padilha quanto Gleisi tomam posse nesta 2ª feira (10.mar.2025), às 15h, no Planalto. A cerimônia do ex-SRI estava prevista para a 5ª feira (6.mar), mas foi adiada por medo de esvaziamento, já que muitos ministros viajam no Carnaval. Padilha foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 25 de fevereiro, no mesmo dia em que demitiu Nísia Trindade. Iniciou sua transição já no dia seguinte, 26.
Segundo apurou o Poder360, Padilha escolheu o médico sanitarista Adriano Massuda para ser o seu número 2. Ele já atuava no Ministério da Saúde na Saes (Secretaria de Atenção Especializada à Saúde). Já Gleisi foi indicada por Lula em 28 de fevereiro.
Como mostrou o Poder360, o chefe do Executivo foi desaconselhado por aliados a colocar Gleisi na articulação do governo. Uma ala de ministros e congressistas avaliava ser um erro do presidente manter o cargo com o PT. Outros, entretanto, viam como a única opção viável.
Por causa das conversas com o presidente, um dos cotados para assumir o governo era o líder do Governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE). Se este fosse o cenário, a petista poderia assumir a SG (Secretaria Geral da República), no lugar de Márcio Macêdo.