Norte da Itália oferece ampla variedade de vinhos brancos com excelente capacidade de harmonização

Norte da Itália oferece ampla variedade de vinhos brancos com excelente capacidade de harmonização


As regiões de Toscana, Piemonte, Alto Adige, Abruzzo e Úmbria se destacam pela produção de vinhos brancos elegantes e com identidade própria

Esper Chacur Filho/Jovem Panvinho norte italia esper
A Itália é o berço de vinhos brancos excepcionais, que vão desde os frescos e de consumo despretensioso, até muitos de complexidade elevadíssima

A Itália é conhecida, preponderantemente, pelos seus vinhos tintos, marcantes, opulentos (Chianti, Barolo, Amarone etc), entretanto também é o berço de vinhos brancos excepcionais, que vão desde os frescos e de consumo despretensioso, até muitos de complexidade elevadíssima. 

Eles possuem uma diversidade incrível, refletindo a influência do terroir e das variedades de uvas cultivadas em cada região. As regiões de Toscana, Piemonte, Alto Adige, Abruzzo e Úmbria se destacam pela produção de vinhos brancos elegantes e com identidade própria.

As principais uvas brancas da Toscana são a Vernaccia di San Gimignano, Trebbiano Toscano, Vermentino e Malvasia Bianca. Recentemente, Chardonnay e Sauvignon Blanc também ganharam espaço. Os brancos da Toscana são, em geral, frescos, minerais e equilibrados. A Vernaccia di San Gimignano, por exemplo, oferece notas cítricas e de amêndoas, além de uma acidez vibrante. Acompanham bem frutos do mar, pratos à base de ervas frescas e queijos leves; são geralmente consumidos jovens, mas a Vernaccia di San Gimignano pode evoluir bem por até 5-8 anos.

Do Piemonte veem vinhos com muita tipicidade e frescor e as principais uvas brancas são Cortese (usada no Gavi), Arneis e Moscato Bianco. Os vinhos brancos piemonteses variam entre estilos leves e aromáticos, como o Gavi (feito de Cortese), e mais estruturados, como os de Arneis, que possuem notas de frutas de caroço e ervas. O Gavi harmoniza bem com frutos do mar e pratos leves, enquanto os vinhos de Arneis combinam com carnes brancas e queijos maturados. A maioria dos vinhos brancos piemonteses deve ser consumida jovem, mas alguns Gavi e Arneis bem elaborados podem envelhecer por até 8 a 10 anos.

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Por seu turno, o Alto Adige se destaca pela produção de Pinot Grigio, Gewürztraminer, Chardonnay e Sauvignon Blanc. Os vinhos brancos do Alto Adige são frescos, aromáticos e elegantes, apresentando notas florais, frutas tropicais e minerais. O Gewürztraminer é especialmente expressivo, com aromas intensos de lichia e especiarias. Os vinhos do Alto Adige combinam com pratos asiáticos, queijos fortes e frutos do mar. Dependendo do estilo, esses vinhos podem envelhecer bem por até 10 anos, especialmente os exemplares de Sauvignon Blanc e Gewürztraminer.

Do Abruzzo a principal uva branca é a Trebbiano d’Abruzzo, seguida pela Pecorino e Passerina. Os vinhos brancos de Abruzzo são frescos e estruturados, com notas de frutas cítricas, flores brancas e um caráter mineral marcante. Harmonizam bem com pratos de peixe, frutos do mar e massas com molhos leves. Geralmente são consumidos jovens, mas Trebbiano d’Abruzzo de qualidade pode envelhecer por mais de  10 anos.

E a Úmbria? Os vinhos brancos da Úmbria são ricos, estruturados e apresentam notas de frutas maduras, flores e um toque mineral. Acompanham bem pratos de aves, massas recheadas e queijos de média maturação. Os melhores exemplares podem envelhecer por até 10-15 anos, ganhando complexidade e profundidade. 

O norte da Itália oferece uma ampla variedade de vinhos brancos, cada um com características únicas e excelente capacidade de harmonização. Desde os frescos e minerais Vernaccia di San Gimignano, passando pelo estruturado Arneis, até os aromáticos vinhos do Alto Adige, bem como os gastronômicos do Abruzzo e os complexos da Úmbria; há opções para todos os gostos e ocasiões. Salut! 

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.





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