Após zerar impostos, governo prepara mais medidas para alimentos

Após zerar impostos, governo prepara mais medidas para alimentos


Uma modificação no PAT (Programa de Alimentação ao Trabalhador) está na mesa de discussões para turbinar a competitividade de produção

Depois de anunciar um pacote de medidas que vão zerar a alíquota do imposto de importação de 10 produtos, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está preparando mais ações para frear os valores.

Segundo apurou o Poder30, uma modificação no PAT (Programa de Alimentação ao Trabalhador) está na mesa de discussões. A turbinada no programa deve ser feita para aumentar a competitividade do setor produtivo.

O PAT é um programa para atender trabalhadores. A empresa que deseja aderir ao programa deve efetuar inscrição para dar benefícios aos trabalhadores. A companhia emite ou credencia a aceitação de instrumentos de pagamento para aquisição de refeições em restaurantes e estabelecimentos similares.

O valor do benefício pago pelos empregadores inscritos no programa é isento de encargos sociais do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e contribuição previdenciária. Ou seja, as parcelas custeadas pelo empregador ao trabalhador não têm natureza salarial.

MEDIDAS PARA CONTER A INFLAÇÃO

O anúncio do pacote de medidas foi feito pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB). Segundo ele, 10 produtos terão isenção da alíquota de imposto de importação.

O governo não informou qual será o impacto no valor dos produtos nem quanto a renúncia fiscal custará aos cofres públicos. O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, no entanto, declarou que, do ponto de vista da arrecadação, a iniciativa não terá peso significativo.

Eis abaixo os itens contemplados pela medida: 

  • carne (atualmente em 10,8%);
  • café (atualmente em 9%);
  • açúcar (atualmente em 14%);
  • milho (atualmente em 7,2%);
  • óleo de girassol (atualmente em 9%);
  • azeite de oliva (atualmente em 9%);
  • óleo de palma (aumento da cota de importação de 65.000 toneladas para 150 mil);
  • sardinha (atualmente em 32%);
  • biscoitos (atualmente em 16,2%);
  • massas alimentícias (atualmente em 14,4%).

As iniciativas ainda devem ser aprovadas pelos órgãos responsáveis. Segundo Alckmin, é difícil cravar uma data, mas é uma “questão de poucos dias”.

O governo também propõe que os governadores de cada Estado zerem o ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) da cesta básica.

O fortalecimento dos estoques reguladores da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) é uma das demandas, bem como a aceleração do Sisbi (Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal).

Outra medida é relacionada ao incentivo para alimentos da cesta básica no Plano Safra. O governo anunciou em 24 de fevereiro um crédito extraordinário de R$ 4,2 bilhões ao programa.





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