Aumento reflete demanda elevada e estoques reduzidos, impactando a economia e o setor agrícola
O mercado brasileiro teve um aumento no preço do milho, conforme indicado pelo Cepea/Esalq-USP (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) na 5ª feira (05.mar.2025). O fenômeno foi observado no final de fevereiro de 2025, quando o valor da saca de 60 kg do cereal atingiu R$ 87,00, segundo o Indicador “ESALQ/BM&FBovespa”, com referência em Campinas.
A alta é resultado de uma combinação de fatores, incluindo aumento na demanda no mercado spot, desafios logísticos e estoques reduzidos no país.
A oferta interna de milho permanece limitada, apesar do avanço na colheita da safra de verão. A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) reportou uma drástica redução nos estoques de passagem. Em janeiro de 2025, havia apenas 2,1 milhões de toneladas disponíveis, marcando um decréscimo de 70% em relação ao mesmo período do ano anterior, que contava com 7,2 milhões de toneladas.
A demanda aquecida, especialmente no mercado spot, tem sido um dos principais fatores para a elevação dos preços. Problemas logísticos também têm dificultado a movimentação do cereal, impactando sua disponibilidade no mercado. A redução dos estoques, conforme apontado pela Conab, destaca a oferta restrita, contribuindo para a valorização do milho.
Este cenário afeta diretamente o setor agrícola e a economia brasileira. O milho é importante para várias cadeias produtivas, incluindo a alimentação animal e a produção de biocombustíveis. Assim, o aumento nos preços do cereal pode influenciar os custos de produção em diversos setores e, por consequência, os preços ao consumidor.