Resolução de entrave jurídico viabiliza a continuidade do projeto e possibilita o acesso a novos recursos financeiros
A Portuguesa retificou a ata da Assembleia Geral dos Associados na 3ª feira (5.mar.2025) como parte do processo de oficialização de sua estrutura como SAF (Sociedade Anônima do Futebol). A medida, conduzida pelo presidente da Assembleia, Marcos Lico, atende aos requisitos da FPF (Federação Paulista de Futebol) e da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). A informação foi divulgada pelo Globo Esporte.
Com isso, os investidores responsáveis pela SAF seguirão no clube e estão agilizando o registro junto à FPF. Alex Bourgeois, presidente da Tauá Partners, gestora do clube, havia afirmado que o grupo poderia desistir do investimento, citando falta de segurança jurídica. A empresa já aportou R$ 10 milhões e previa mais R$ 30 milhões para 2025.
Com a estrutura de SAF, a Portuguesa passa a ter acesso às premiações do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil, além de recursos obtidos com a negociação de jogadores como Renan Peixoto e Jajá Silva. O clube mantém o foco na Série D do Campeonato Brasileiro, com estreia prevista para 12 de abril contra o Boavista, no Rio de Janeiro.
A Portuguesa enfrentava dificuldades para concluir sua transição para SAF. A FPF não reconheceu a mudança devido a ressalvas na ata da Assembleia Geral de Sócios de 2024, exigindo revisão pelo Conselho de Orientação e Fiscalização (COF). Sem essa aprovação, o clube não pode registrar jogadores nem acessar cotas de competições.
O plano prevê um investimento de R$ 263 milhões no departamento de futebol entre 2025 e 2029. O objetivo é que a Portuguesa alcance a Série A do Campeonato Brasileiro e chegue às semifinais do Campeonato Paulista até o final da década. Atualmente, o clube disputa a 1ª divisão do estadual e a Série D do Brasileiro.
Além dos investimentos no futebol profissional, o projeto destina R$ 50 milhões para aquisição de jogadores jovens, R$ 44 milhões para a base, R$ 18 milhões para a reforma do centro de treinamento e R$ 7 milhões para a criação de um time feminino competitivo.
O Canindé será reformulado para se tornar uma arena multiuso, com capacidade para 30 mil espectadores em partidas de futebol e até 50 mil em eventos. O modelo de modernização tem como referência o Allianz Parque, do Palmeiras.