Ex-diretor da Abin alega “ausência de justa causa” e diz que “não há indícios concretos de sua participação na alegada organização criminosa”
O ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), pediu nesta 5ª feira (6.mar.2025) que o STF (Supremo Tribunal Federal) rejeita a denúncia da PGR (Procuradoria Geral da República) contra ele no inquérito que apura uma tentativa de golpe de Estado em 2022.
Em sua defesa apresentada à Corte, o congressista argumenta que há “ausência de justa causa” na denúncia do procurador-geral da República, Paulo Gonet, uma vez que, segundo ele, “não há indícios concretos de sua participação na alegada organização criminosa”.
Os advogados também pediram a “improcedência das acusações”. Alegaram que o ex-diretor da Abin não praticou os crimes que lhe foram imputados.
Os denunciados por Gonet respondem pelos crimes apontados pela PF (Polícia Federal) no relatório:
- abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- golpe de Estado; e
- organização criminosa.
Além disso, Gonet apresentou mais 2 crimes na denúncia: dano qualificado com violência e deterioração contra o patrimônio tombado.
Além de Ramagem, Gonet denunciou Bolsonaro e mais 32 pessoas, dentre as quais estão o ex-ministro e ex-vice na chapa de Bolsonaro, o general Braga Netto, e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, no inquérito que apura uma tentativa de golpe de Estado logo após as eleições presidenciais de 2022, vencidas por Luiz Inácio Lula da Silva (PT).