8 mi de chaves Pix pessoa física são irregulares no Fisco, diz BC

8 mi de chaves Pix pessoa física são irregulares no Fisco, diz BC


Autoridade monetária manda excluir códigos pertencentes a CPFs e CNPJs suspensos pela Receita Federal

Um total de 7,9 milhões de chaves Pix de pessoas físicas estão em situação “irregular” com a Receita Federal. Esse é o máximo de códigos da categoria que podem ser excluídos pelas novas regras do Banco Central sobre a transação instantânea.

A estimativa foi dada nesta 5ª feira (6.mar.2025) a jornalistas por Breno Lobo, chefe-adjunto do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro da autoridade monetária. 

O cálculo dele foi o seguinte:

  • chaves Pix de pessoas físicas – 796 milhões são cadastradas no BC, segundo dados de fevereiro;
  • regulares – 99% do total cadastrado estão com a “ficha limpa” no Fisco;
  • irregulares – representam 1% do total, ou seja, os 7,9 milhões.

Segundo Bren, as principais irregularidades detectadas foram erros de grafia (quando está escrito errado). Nesse caso, os bancos têm a possibilidade de entrar em contato com o cliente para fazer as correções. Não será necessariamente realizada a exclusão.

O número também não significa que 8 milhões de pessoas ficarão sem Pix. Isso porque um indivíduo pode –e costuma ter– mais de um código. Por exemplo, as 796 milhões de chaves pertencem a um total de 158 milhões de usuários. A média é de 5 chaves por cidadão.

O BC mandou desativar as chaves pertencentes a:

  • CPFs (Cadastros Nacionais de Pessoas Físicas) – com a situação cadastral “suspensa”, “cancelada”, “titular falecido” e “nula”;
  • CNPJs (Cadastros Nacionais de Pessoas Jurídicas) – com as categorias “suspensa”, “inapta”, “baixada” e “nula”.

O Banco Central afirma que as mudanças vieram com o objetivo de evitar golpes e fraudes. As instituições podem ser punidas se não seguirem a nova norma.

“O BC irá monitorar periodicamente a conduta dos participantes, podendo aplicar penalidades para aquelas instituições que apresentem falhas nesse processo”, disse a autoridade monetária.

Outras novidades entraram na resolução. Haverá, por exemplo, uma “2ª linha de defesa” para detectar chaves com nomes diferentes dos registrados no Fisco. 

Leia abaixo as determinações:

  • chaves aleatórias – proibiu a alteração de informações vinculadas. Será necessário excluir completamente um dos códigos e depois criar outro;
  • e-mail – reivindicações de posse desse tipo de código não são permitidas. Na prática, não será autorizada a mudança de “dono” da chave;
  • dispositivos de acesso não cadastrados – usuários desse tipo de equipamento não podiam fazer transferências acima de R$ 200. Agora, está liberada a devolução de quaisquer valores.





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