Discussão entre presidente ucraniano e Donald Trump demonstra que será difícil chegar a um acordo, segundo o Kremlin
O Kremlin afirmou nesta 2ª feira (3.mar) que o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, tem que ser “forçado” a aceitar a paz e que a recente discussão entre o líder ucraniano e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano) mostra como será difícil chegar a um acordo para dar fim à guerra.
Trump tem pressionado por um acordo de paz entre Ucrânia e Rússia. Em encontro na Casa Branca, o republicano subiu o tom e acusou Zelensky de “flertar” com a possibilidade de uma 3ª Guerra Mundial. Declarou que o presidente russo, Vladimir Putin, estaria disposto a negociar.
Desde 2022, os Estados Unidos mantiveram apoio à Ucrânia sob o governo do então presidente Joe Biden (Democrata). No entanto, a gestão Trump tem sinalizado uma aproximação com Moscou.
O encontro entre Trump e Zelensky na 6ª feira (28.fev) tinha como principal objetivo a assinatura de um acordo para exploração de minerais na Ucrânia. A negociação foi adiada por causa do bate-boca entre os líderes, mas o ucraniano disse que está “pronto para assinar”, em declaração à BBC.
“Só quero que a posição ucraniana seja ouvida”, disse Zelensky sobre as falas que trocou com o presidente dos EUA.
O presidente ucraniano também disse à mídia britânica que um acordo de paz que não traga garantias de segurança para seu país seria “um fracasso”.
“Seria um fracasso total para todos se a Ucrânia fosse forçada a assinar um cessar-fogo sem sérias garantias de segurança. Imagine, uma semana depois, a Rússia nos ataca e nós revidamos, totalmente compreensível, e depois o que aconteceria? Quem se beneficiaria disso? Os russos, mas não nós”, disse.
