Israel diz que aceitou termos dos EUA para cessar-fogo em Gaza

Israel diz que aceitou termos dos EUA para cessar-fogo em Gaza


Proposta paralisaria conflito por mais 42 dias; Hamas quer seguir termos originais, que prevê o fim gradual da guerra

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse neste domingo (2.mar.2025) que aceitou os termos propostos pelos Estados Unidos para renovação do cessar-fogo com o grupo extremista Hamas na Faixa de Gaza.

Se aceito, o acordo paralisaria novamente o conflito durante o mês de jejum muçulmano do Ramadan, que termina em 31 de março, e o Pessach, feriado judeu que significa “passagem” em hebraico e se assemelha à Páscoa cristã, celebrado no dia 20 de abril.

No acordo, além dos 42 dias de paralisação, estaria prevista a libertação de metade dos reféns israelenses que ainda estão sob custódia do Hamas, vivos ou mortos, no 1º dia. O restante seria entregue aos poucos até o fim do período. As informações são da Reuters.

O grupo extremista, porém, afirmou que pretende seguir com o acordo original, que previa um fim gradual da guerra em vez de uma nova paralisação temporária do conflito.

Em resposta à recusa do Hamas, Israel cortou neste domingo a ajuda humanitária no país sob a justificativa de que havia se encerrado o período da 1ª etapa do cessar-fogo. O Hamas disse que a decisão do primeiro-ministro israelense era uma “chantagem barata”.

No sábado (1º.mar.2025), o Hamas anunciou que havia rejeitado a “formulação” de Israel para estender a paralisação do conflito. O porta-voz do grupo extremista, Hazem Qassen, disse à emissora de televisão árabe Al-Araby que não havia negociações para uma nova etapa do acordo de paz.

Representantes de Israel, Qatar e EUA discutiram nas últimas semanas um possível acordo para a a 2ª etapa do cessar-fogo. Segundo comunicado do serviço de informação estatal egípcio, também estavam em debate medidas para ampliar a entrega de ajuda humanitária à Faixa de Gaza.

A 2ª fase das negociações incluiria a libertação de reféns sobreviventes e a retirada das tropas israelenses do território. A 3ª etapa trataria da devolução dos corpos dos reféns mortos. De acordo com Israel, 59 reféns ainda permanecem em Gaza. Segundo o país, 24 deles estão vivos.

 





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