Para Theba Pitylla, o Carnaval é mais que uma festa, é um estilo de vida. Rainha de bateria da Império de Casa Verde, ela construiu uma relação inseparável com o samba. Durante todo o ano, percorre o Brasil participando de eventos com outros sambistas, promovendo a cultura das escolas de samba.
Theba Pityla é cria do Império de Casa Verde
Com um histórico de dedicação e talento, Theba conquistou respeito na comunidade do samba. “Comecei com oito anos, na ala das crianças do Vai-Vai, e não parei mais”, relembra. Caçula de sete irmãs, entrou no Carnaval por iniciativa própria e, após muita insistência, sua mãe a levou para os ensaios.
Neste fevereiro, sua rotina se intensificou. Além das apresentações pelo país, comparece aos ensaios técnicos no Sambódromo do Anhembi e participa dos treinos na rua Brazelisa, ponto tradicional do samba paulistano. “Nessa época, eu tomo muito cuidado com a minha alimentação porque se a gente não come direito, a gente não aguenta”, explica.
A preparação inclui exercícios físicos e procedimentos estéticos, como lipoaspiração. Para Theba, o fundamental é demonstrar comprometimento com a comunidade. “Quando você está exposta, dá o direito das pessoas opinarem. Então, é óbvio que a gente precisa estar preparada para ouvir críticas e elogios”, comenta.
Theba avalia o impacto das celebridades no samba
Ao longo dos anos, Theba aprendeu a lidar com as opiniões do público e sente que é respeitada no meio do samba. De acordo com ela, o sambista não vê a rainha com o mesmo olhar que as pessoas de fora.
Com quase três décadas de experiência no Carnaval, Theba Pityla percebe que o cargo de rainha de bateria se tornou mais comercial. A chegada de influenciadoras e celebridades reduziu as oportunidades para sambistas de raiz. Diante disso, Theba ressalta que, antes de mais nada, na avenida, fica nítida a diferença entre quem é sambista e quem está ali para se autopromover.
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Coroada em 2023, sua nomeação foi amplamente celebrada pela comunidade. Criada na Casa Verde, sempre foi apontada como a candidata ideal ao cargo. Para ela, essa conquista representa uma vitória de todas as meninas que dedicam suas vidas ao samba e sonham com esse reconhecimento.
Theba também exalta mestre Zoinho, responsável pela bateria Barcelona do Samba. “Antes mesmo de estar à frente da bateria, eu já admirava o trabalho que ele faz. Mas, quem acompanha de perto, fica muito mais fã”, diz.
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Este ano, a Império de Casa Verde leva para a avenida o enredo “Contando Contos: Reinos da Literatura”, abordando desse modo os estereótipos nas histórias infantis. Para a rainha, é principalmente um momento de reforçar a representação negra e LGBTQIA+ na cultura.
Emocionada, Theba revela que a folia a ajudou a superar a perda de sua mãe, Elza Maria. Segue desfilando com paixão, levando adiante seu amor pelo samba e pela comunidade que a acolheu.