Oposição avalia que escolha por Gleisi Hoffmann aumenta tensão: ‘Desprezo pelo diálogo’

Oposição avalia que escolha por Gleisi Hoffmann aumenta tensão: ‘Desprezo pelo diálogo’


Deputados destacam a postura inflexível da petista, o que poderia agravar as dificuldades do governo na articulação política; presidente da Câmara foi avisado por Lula da decisão

Vinicius Loures/Câmara dos DeputadosO deputado Sanderson, do PL do Rio Grande do Sul
O deputado federal Sanderson, do PL do Rio Grande do Sul

A nomeação de Gleisi Hoffmann para a Secretaria de Relações Institucionais pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) gerou uma forte reação da oposição no Congresso. Deputados oposicionistas expressaram preocupação com a escolha, destacando a postura inflexível da petista, o que poderia agravar as dificuldades do governo na articulação política. A deputada Sílvia Waiãpi (PL-AP) lembrou que o governo já enfrenta desafios para aprovar pautas e manter aliados, e que a nomeação de Hoffmann pode aumentar a tensão com o Congresso. O deputado Sanderson (PL-RS) foi ainda mais incisivo, afirmando que a escolha demonstra um desprezo pelo diálogo e pela governabilidade.

A nomeação também repercutiu no mercado financeiro, com o dólar atingindo R$ 5,99 após o anúncio. O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou ter recebido uma ligação de Lula informando sobre a indicação de Hoffmann, desejando-lhe sucesso na nova função. No entanto, a oposição continua a criticar a decisão, com o deputado Rodrigo Valadares (União-SE) alertando que a nomeação pode acelerar uma crise política. Ele destacou que a tentativa de centralizar a articulação política com Hoffmann pode resultar em um isolamento semelhante ao enfrentado por Dilma Rousseff.

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Analistas políticos também expressaram ceticismo quanto à capacidade de Gleisi Hoffmann de adotar uma postura mais centrista. Apesar de sua aproximação com o Centrão nos últimos anos, sua reputação de posições extremas e críticas ao Congresso pode dificultar a construção de pontes necessárias para uma articulação política eficaz. A nomeação de Hoffmann é vista como parte de um reposicionamento político de Lula, que busca se preparar para as eleições de 2026, mas enfrenta o desafio de equilibrar popularidade política com a necessidade de resultados efetivos.

*Com informações de Bruno Pinheiro

*Reportagem produzida com auxílio de IA





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