Mancha Verde aposta em enredo inspirado em documentário

Mancha Verde aposta em enredo inspirado em documentário



A Mancha Verde escolheu um enredo de forte valor cultural para o próximo desfile: “Bahia, da fé ao profano”. A proposta curiosamente, aliás, surgiu de uma ideia do presidente da escola, Paulo Serdan, que assistiu a um documentário exibido no Canal Futura.

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A escolha do enredo segue uma estratégia já utilizada pela escola em 2023, quando Serdan se inspirou em um documentário para criar o tema sobre o xaxado, que dessa forma rendeu à agremiação o vice-campeonato.

Inicialmente, a proposta para o Carnaval deste ano seguiria uma abordagem diferente, mas questões políticas e interpretações distorcidas de temas anteriores levaram a diretoria a optar por uma nova abordagem, que busca representar a essência do povo baiano.

A inspiração para o enredo e o processo de criação

O enredo “Bahia, da fé ao profano” não pretende apenas retratar o estado da Bahia, mas sim explorar o comportamento de seu povo. A escola quer levar para a avenida uma interpretação profunda sobre a cultura baiana, destacando sobretudo a maneira como a religiosidade e a festa se entrelaçam no dia a dia da população.

De acordo com Paulo Serdan, a comissão de Carnaval, formada por diferentes setores da escola, desde a serralheria no barracão até a direção de Carnaval, contribuiu ativamente para o desenvolvimento do projeto.

A alma baiana no desfile da Mancha Verde

A proposta do enredo, desse modo, busca captar a essência do povo baiano, conhecido por sua fé e alegria. A escola pretende principalmente destacar as festas culturais e religiosas, evidenciando a forma como o corpo é utilizado tanto na celebração profana quanto na manifestação da espiritualidade.

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Elementos como a gastronomia, os rituais religiosos bem como a diversidade musical da Bahia serão abordados. A Mancha Verde, entretanto, não se limitará ao axé, incluindo também ritmos contemporâneos, como o trap, que tem ganhado força na periferia do estado.

De acordo com a comissão de Carnaval, a intenção é mostrar como a música baiana transita entre os universos religioso e profano, criando uma identidade única que atravessa gerações.

Cante o samba

Composição: Wladi Nascimento / Edinho Gomes / Myngal / Felipe Mussili / Gilson Bernini.

Axé, abre os caminhos
No balanço desse mar
Nosso cortejo tem encanto e magia
Mainha veio me abençoar
Na paz de Oxalá, sagrada Bahia
Rezei pro santo, pedi no gongá
Deixei as velas pro meu orixá
Eu tô com a guia no pescoço
E o patuá no bolso
Minha fé vai me guiar

Eparrey Oyá Odoyá, Eparrey Oyá Odoyá
Oraieiê ô Mamãe Oxum
Tem baiana enfeitada, perfumada pra sambar
Laroyê Exu Emojubá, Laroyê Exu Emojubá
Água de cheiro na Lavagem do Bonfim
Bom Jesus dos Navegantes
Firmei ponto no altar

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Tem energia no batuque do tambor
É um legado minha ancestralidade
As divindades conduzindo a embarcação
Festejar é tradição baianidade
Bota dendê que meu samba vem no cheiro
É saboroso o tabuleiro de Iaiá
Vem brindar, purificar a alma e o coração
Sentir na pele a pura emoção
Descer sambando a swingueira
Já me benzi, embarquei nessa levada
Meu amuleto é a fitinha abençoada

Felicidade tá no som de Salvador
O corpo ginga nas ladeiras do Pelô
Meu verde branco é paixão pra vida inteira
Mancha guerreira!



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