Militarização da educação avança no Brasil mesmo após o término do Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares, iniciado no governo Bolsonaro
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A militarização da educação no Brasil continua a se expandir, mesmo após o término do Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares, iniciado durante o governo de Jair Bolsonaro. Este modelo educacional, que foi uma das principais bandeiras do ex-presidente, ainda recebe apoio de administrações locais que buscam estender sua implementação. Em estados como Mato Grosso e Paraná, os governadores têm se empenhado em multiplicar os polos educacionais com essa abordagem, refletindo um interesse contínuo por parte de diversos setores da sociedade.
No estado de Mato Grosso, sob a gestão do governador Mauro Mendes, a militarização das escolas tem ganhado força. Atualmente, existem 626 escolas que atendem a 322.000 estudantes em 142 municípios. O secretário de Educação, Alan Porto, destacou que o desejo pela continuação das escolas cívico-militares tem se espalhado pelo país. Mato Grosso conta com 130 escolas cívico-militares, representando 20% das unidades educacionais do estado. Segundo o secretário, a demanda por esse modelo é impulsionada por pedidos de pais, professores, prefeitos, vereadores e deputados, refletindo um clamor da sociedade por essas unidades.
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No Paraná, o governador Ratinho Júnior anunciou um investimento significativo de R$ 686 milhões em um amplo conjunto de obras para a construção, ampliação e modernização das estruturas escolares. Desse total, R$ 486 milhões serão aplicados em melhorias em 209 instituições, enquanto mais de R$ 200 milhões estão reservados para a construção de 12 novas unidades escolares. Este projeto educacional era uma das promessas de campanha de Ratinho Júnior antes de sua eleição como governador, consolidando a maior iniciativa de infraestrutura escolar já realizada na rede estadual.