Brasil precisa de R$ 132 bi para restaurar Cerrado, diz estudo

Brasil precisa de R$ 132 bi para restaurar Cerrado, diz estudo


Pesquisa do Instituto Escolhas aponta que iniciativa geraria 1,8 milhão de empregos e removeria 2,38 bilhões de toneladas de CO2

Para o Brasil restaurar 6 milhões de hectares desmatados no Cerrado, o que representa metade da meta nacional de reflorestamento estabelecida no Acordo de Paris até 2030, seriam necessários R$ 132 bilhões em investimentos, segundo um estudo do Instituto Escolhas divulgado na 3ª feira (25.fev.2025). Eis a íntegra (PDF – 82 KB).

A recuperação traria benefícios como a criação de 1,8 milhão de empregos e a remoção de 2,38 bilhões de toneladas de CO2, volume equivalente às emissões do país em 2023. Segundo o estudo, a restauração de APPs (Áreas de Preservação Permanente) e Reserva Legal (instrumento de proteção de espaços naturais previsto na Lei de Proteção da Vegetação Nativa) pode gerar uma receita líquida de R$ 781,3 bilhões a longo prazo.

A recomposição de Reserva Legal com sistemas de produção madeireira poderia produzir 942 mil metros cúbicos de madeira. Já a restauração de APPs por sistemas agroflorestais poderia resultar na produção de 26,6 milhões de toneladas de alimentos.

Rafael Giovanelli, gerente de pesquisas do Instituto Escolhas, destacou a importância da restauração produtiva do Cerrado. “O país tem a meta de recuperar 12 milhões de hectares de vegetação nativa e metade disso – 6 milhões – está no Cerrado, que é o berço das águas do Brasil e o celeiro do mundo. Precisamos de uma estratégia de restauração produtiva que potencialize as vocações do bioma, recuperando nascentes, produzindo alimento e gerando emprego e renda. Nossos números mostram que isso é possível”, afirmou. Giovanelli também ressaltou a necessidade de ação imediata para cumprir as metas ambientais do Acordo de Paris.





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