Prefeito de Cariacica corta verbas para escola de samba após desfile polêmico homenageando MST

Prefeito de Cariacica corta verbas para escola de samba após desfile polêmico homenageando MST


Em uma nota de repúdio divulgada em suas redes sociais, Euclério Sampaio (MDB) classificou o MST como um grupo criminoso, alegando que seus membros ‘espalham o terror e a tristeza no campo’

Claudio Postay/Divulgação/Prefeitura de Cariacicaescola de samba Prefeitura de Cariacica
Ensaio da escola de samba Independente de Boa Vista, que presta homenagem a Sebastião Salgado

O prefeito de Cariacica, Euclério Sampaio (MDB), tomou uma decisão polêmica ao anunciar que não irá mais destinar recursos para a escola de samba Independente de Boa Vista. A medida foi motivada pela presença de uma ala que fazia referência ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) durante o desfile da agremiação no Carnaval de Vitória. A escola prestou homenagem ao fotógrafo Sebastião Salgado, cuja obra foi retratada de diversas maneiras nas alas do desfile, incluindo a participação do MST, movimento que Salgado documentou ao longo de sua carreira. No entanto, a escolha gerou uma onda de críticas.

Em uma nota de repúdio divulgada em suas redes sociais, o prefeito classificou o MST como um grupo criminoso, alegando que seus membros “espalham o terror e a tristeza no campo”. Sampaio também destacou que a intenção da prefeitura é promover a cultura, mas considerou que “o erro da escola é inadmissível” e que a agremiação deverá arcar com as consequências de sua escolha. A controvérsia ganhou força nas redes, onde uma seguidora do prefeito comentou que a obra de Salgado está intrinsecamente ligada ao MST, embora também não concordasse com a ala dedicada ao movimento.

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Em resposta, Euclério Sampaio admitiu desconhecer o fotógrafo e justificou sua falta de atenção ao afirmar que estava focado em cuidar da saúde e da cidade. Em uma conversa exclusiva com o titular desta coluna, o prefeito defendeu sua decisão de cortar os recursos. “Apoio as escolas de samba por causa da cultura do município. Faltou respeito para comigo e para a cidade. Fui pego de surpresa pelo desfile em homenagem ao MST, financiado com verba municipal de mais de 650 mil reais. Como posso financiar a apologia ao que eu mais repudio?”, questionou.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.





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