María Corina diz que regime Maduro “assassinou” opositor

María Corina diz que regime Maduro “assassinou” opositor


Segundo a líder da oposição, Reinaldo Araujo foi “sequestrado” em 9 de janeiro e teve pedido de ajuda médica negado

María Corina Machado, líder da oposição na Venezuela, usou seu perfil no X (ex-Twitter) para dizer que o governo do presidente Nicolás Maduro (Partido Socialista Unido da Venezuela, esquerda) é responsável pela morte de Reinaldo Araujo, político e militante do partido Vamos Venezuela.

Segundo María Corina, “o regime sequestrou Araujo”, seu colega de partido, e negou a ele cuidados médicos. Como Araujo tinha “sérios problemas de saúde”, acabou por morrer na 2ª feira (24.fev.2025).

Por seu trabalho na campanha de 28 de julho, ele foi severamente perseguido pelo regime. Seu amor pela Venezuela e por sua família o manteve firme”, escreveu Corina em referência às eleições presidenciais na Venezuela, ocorridas em 28 de julho de 2024.

O pleito foi contestado pela oposição e por parte da comunidade internacional. O CNE (Conselho Nacional Eleitoral) do país, controlado pelo governo, anunciou a vitória de Maduro sobre o opositor Edmundo González (Plataforma Unitária Democrática, centro-direita) sem, contudo, divulgar os boletins de urnas com os resultados.

Depois de 20 dias de impasse em relação à divulgação, o Tribunal Supremo de Justiça venezuelano, controlado pela gestão de Maduro, confirmou que os boletins não seriam tornados públicos.

Em junho de 2023, María Corina foi impedida de concorrer ao pleito depois de ter confirmada na Justiça sua proibição de ocupar cargos públicos por 15 anos.

Desde a declaração de vitória até a posse de Maduro, em janeiro de 2025, uma série de protesto foi realizada no país.

A Comissão de Direitos Humanos do Vamos Venezuela informou que Araujo era dirigente da legenda na paróquia Juan Ignacio Montilla, no município de Valera, a 593 km a oeste da capital Caracas. “Sua esposa denunciou seu estado de saúde nos últimos dias e exigiu atendimento médico para ele, mas não foi autorizada a fazê-lo”, afirmou o partido em comunicado também publicado no X.

Assim como María Corina, a legenda fez um apelo à comunidade internacional para “agir imediatamente contra os criminosos contra a humanidade que hoje se agarram ao poder e condenam centenas de venezuelanos à morte”.

Em sua mensagem, a opositora expressou condolências à mulher, à filha e à mãe de Araujo. “Reinaldo era um homem bom, um esposo, filho e pai amoroso, um amigo incondicional e um cidadão exemplar”, afirmou. “Não descansaremos um momento sequer até alcançarmos a liberdade e a justiça na Venezuela”, disse.


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